terça-feira, 31 de maio de 2011

Malick outra vez...





Este texto foi publicado na edição de 25 de Maio do DN com o título “Como se todo o mundo coubesse num filme”.

É como se todo o mundo pudesse morar dentro de um filme. Vencedor aclamado em Cannes no passado domingo, o novo filme de Terrence Malick é um daqueles raros objectos de cinema que, um dia, se sentará ao lado de um 2001: Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick no panteão das obras maiores da história da sétima arte. É um filme de grande fôlego. De narrativa por vezes mais sugerida que mostrada. De fotografia impressionante. Pensado com um ritmo de montagem que tudo une como se de uma só peça se tratasse. Com música que amplifica a dimensão quase operática da sua identidade. Mostrando um elenco onde encontramos nomes maiores do nosso tempo como Brad Bitt, Jessica Chastain ou Sean Penn. Mas no fim, e tão simplesmente, um muito pessoal, e místico (podemos dizer mesmo religioso) olhar sobre a vida.






A música é outra das presenças-chave na definição da ideia de “obra total” que podemos encontrar neste novo filme de Malick, aprofundando uma relação que decorre também dos seus filmes anteriores. Se Alexandre Desplat foi chamado a assinar a partitura original que suporta o corpo da música, excertos de obras de Brahms, Preisner, Górecki, Kanchelli, Bach ou Berlioz são depois as vozes que se destacam num corpo sonoro que, de tão coeso, se torna indissociável das imagens, fazendo deste filme uma obra maior que, certamente, será recordada pela história do cinema.










Sobre a música em A Árvore da Vida podem ler outro texto aqui.



segunda-feira, 30 de maio de 2011

http://uwall.tv/



A minha prima Alice enviou-me um email com a descrição de um site simplesmente fantástico e acima de tudo muito descomplicado.


Mais fácil de usar que o Youtube o http://uwall.tv/ tem tudo, baseado no sistema wikipedia há contribuiçãoes de todo o lado. Muito útil a função de reprodução contínua que te permite ver /ouvir música sem ter de executar mais nenhum clique com o rato... ele simplesmente cria uma playlist, ou do artista ou "random"...


Abusem...quem é amigo?

sábado, 28 de maio de 2011

Que mais quero eu



QUE MAIS QUERO EU
um filme de Sílvio Soldini

com
Alba Rohrwacher
Pierfrancesco Favino
Teresa Saponange

Anna é tudo o que se poderia esperar dela. Com um emprego estável e uma relação previsível, ela vive um quotidiano rotineiro até ao dia em que conhece Domenico, um homem casado e pai de dois filhos. Os dois envolvem-se e Anna experimenta, pela primeira vez, uma relação clandestina, impetuosa e apaixonada até ao momento em que decide que quer muito mais, arruinando para sempre o delicado equilíbrio daquela relação.

"Por explicações que se encontrem, o que interessa ao realizador é mesmo demonstrar a ilógica da vida, a aleatoriedade das escolhas ou os desenganos das relações. Tudo isto centrado numa classe média, no tipo de gente que Mike Leigh focaria se fosse italiano. O que faz com que, apesar das cenas de sexo, a questão da sensualidade seja absolutamente secundarizada, em nome de uma espécie de realismo sentimental." 

Manuel Halpern, Visão
Título original: Cosa Voglio Di Più
Ano: 2010
Realização: Sílvio Soldini
Interpretação: Alba Rohrwacher, Pierfrancesco Favino, Teresa Saponangelo
Origem: Itália, Suíça
Duração: 126 min
Classificação: M/12

quinta-feira, 26 de maio de 2011

América



América: O mundo ali ao lado
A América que se descobre no filme de João Nuno Pinto também é uma terra de sonhos num país de imigrantes. Mas é uma terra de sonhos perdidos, num cenário de claustrofobia à beira-mar, no bairro da Cova do Vapor, na margem Sul do Tejo. A ideia de um país encurralado entre o mar e o seu destino. Uma brilhante primeira obra, escrita a meias com Luísa Costa Gomes. Grandes interpretações de Fernando Luís, Dinarte Branco, Chulpan Khamatova e a última prestação no cinema de Raul Solnado. O filme dramático, que junta sem perder realismo comédia e tragédia. Porque também faz falta rirmo-nos de nós próprios.





Manuel Halpern

A América que se descobre no filme de João Nuno Pinto também é uma terra de sonhos num país de imigrantes. Mas é uma terra de sonhos perdidos, num cenário de claustrofobia à beira-mar, no bairro da Cova do Vapor, na margem Sul do Tejo. A ideia de um país encurralado entre o mar e o seu destino. Uma brilhante primeira obra, escrita a meias com Luísa Costa Gomes. Grandes interpretações de Fernando Luís, Dinarte Branco, Chulpan Khamatova e a última prestação no cinema de Raul Solnado. O filme dramático, que junta sem perder realismo comédia e tragédia. Porque também faz falta rirmo-nos de nós próprios. 





O seu filme tem a habilidade juntar sentimentos e perspetivas antagónicos. Tudo é trágico e tudo é cómico, sem perder o realismo. Como conseguiu esse equilíbrio? 


Há uma comédia na tragédia. O argumento original da Luísa era uma comédia. Eu fui introduzindo o lado da tragédia. O mais interessante para mim era o drama destas personagens e destas histórias. O que me atraiu desde início foi o lado mais burlesco que a Luísa faz bem. Quis manter o drama e a densidade desta história, sem perder um determinado humor, mais mordaz, que também faz parte da vida. 





Consegue isso em parte através da personagem central, a russa, que é totalmente trágica. Ela vem de um país hostil e descobre-se no meio de uma espécie de Kusturika à portuguesa... 


O lado interessante é o contraste entre uma seriedade e certos valores humanos que ela tem perante a vida e a estupidez, a incompetência, que é o lado mais português da coisa. Esse contraste tem a ver com as diferenças culturais, das várias nacionalidades que se cruzam ali. Sem dúvida que a Lisa é uma personagem muito sofrida. O drama dela é estar num mundo em que as regras são outras. É um papel muito difícil, está sempre prestes a explodir, no limite do desespero. Isso é contrabalançado com os outros, porque não queria fazer um filme completamente negro. Quis jogar com as emoções, a angústia e o riso. 





O lado burlesco é dado pelas outras personagens, que são uma espécie de 'cromos', mas são 'cromos' que facilmente reconhecemos. 


Sim, mas também eles vivem os seus próprios dramas. Explorados e exploradores estão perdidos naquele espaço, não há ninguém que veja uma luz. Até o personagem mais rocambolesco, que tem o papel do comic relief, que é o Matias, o brasileiro, no fim também está completamente encostado. 





Há ali uma outra personagem que força constantemente a saída, que é o Armando, o empreendedor. Serve como retrato de quanto é difícil criar coisa novas em Portugal? 


As personagens portuguesas acabam por estar tipificadas em certos comportamentos que têm a ver connosco. Desde o Vítor, que é o Chico Esperto, com muito pouca ética que acha que só os otários não enganam os outros. O Armando é empreendedor sem bases nenhumas. Ele nunca está satisfeito: quando enganam as velhinhas quer passar para os passaportes, depois quer passar para as burlas na Internet, mas obviamente nenhum tem a noção do que é a tecnologia. A ideia surgiu quando se dizia que o choque tecnológico iria salvar Portugal. O Melo representa o Portugal que está a morrer, o tipo que tem valores, que é um bom artesão... A avó Eulália, por seu lado, é o Portugal em agonia, que quer morrer, mas não lhe deixam. 





Os atores são muito bons. Parecem encaixar perfeitamente nas personagens, talvez por as personagens não serem demasiado abertas. Como fez? 


O grande segredo foi o casting, encontrar o ator certo para cada personagem. Todos eles fazem aquilo de forma muito orgânica. Mas houve uma grande preparação antes. Também tive sorte, porque aqueles atores fabulosos aceitaram trabalhar com um realizador desconhecido. A Chulpan é das atrizes mais conceituadas na Rússia. 






E foi a última participação de Raul Solnado no cinema... 


Para mim o Raul era o único ator que poderia fazer o papel do Melo. O que me atraiu foi ter o Raul num papel mais trágico. Se fosse um papel de comédia iria ser o Raul, assim é aquele personagem. Isso é que funciona. Ele acabou por não ver o filme. O filme ficou pronto em setembro e ele faleceu em agosto. E não foi o único, o ator espanhol, o Paco Meyer também faleceu entretanto. 





Este Portugal acaba por se transformar numa América de sonhos perdidos. 


É isso que está acontecer. Nós tínhamos uma população heterogénea, luso-descendente, com muita imigração africana. Hoje temos algo completamente diferente, pessoas que vêm do Brasil, Europa de Leste, Índia, China, Espanha... Era um retrato que queria fazer, Portugal está a ficar parecido com a América, um país formado por imigrantes. Há escolas em que metade dos alunos são filhos de imigrantes. Mas aqui quis colocar o ponto de vista numa imigrante. 





Assim rimo-nos de nós próprios. 


O que é importante. E verifica-se que, apesar de todo o tempo que passou, o filme está mais atual do que nunca. Porque fala de um país encalhado, em que as pessoas que estão não têm perspetivas. Que é que se passa hoje em dia, há uma depressão latente... e o filme ganhou ainda mais atualidade. 





A Cova do Vapor fica à beira mar, tem tudo para ser um sítio bonito, mas ali torna-se uma prisão, o que aumenta a ironia... 


A beleza daquela paisagem... Este mar que é tão belo e poderoso é também o que nos aprisiona. O mar representa a nossa glória passada, mas ali é ao contrário. Porque essa glória está ligada ao sair daqui, mas ali obriga-nos a ficar. Ela comparta-se como se estivesse numa ilha. No filme o espaço físico é uma representação do espaço psicológico das personagens. E cada vez que sai de casa está num labirinto de ruas e nunca consegue chegar. 





Quando finalmente encontra uma saída acaba por ficar presa por tudo o que não queria deixar para trás. 


É o que a prende o filme todo. Ela não é uma heroína, no sentido de fazer grandes feitos, a única coisa que ela quer é uma vida normal com a sua família. A criança de início não fala, mas é a personagem mais manipuladora. Se há personagem que sai vitoriosa do filme é mesmo a criança. 




fonte

quarta-feira, 25 de maio de 2011

The National em Lisboa

he National
The National no Campo Pequeno, Lisboa [texto + fotogaleria] -


Verdadeiro fenómeno de culto entre os portugueses, os National assinaram esta noite um concerto vibrante e brindaram os fãs lisboetas com algumas surpresas.


Correndo o risco de oferecer o corpo às balas, sinceramente os National nunca fizeram disparar o nosso sinal de alarme. Foi com isto na consciência que partimos hoje de espírito livre para o concerto da banda norte-americana num Campo Pequeno perto de lotado.

O rótulo de banda de culto está-lhes bem colado à pele e a verdade é que até simpatizamos com a atitude desprendida e cool de Matt Berninger (é a sua voz pálida e pouco elástica que nos deixa infelizes por não conseguirmos gostar mais dele) e com as roupagens luxuosas de canções tão bonitas quanto "Fake Empire", "Conversation 16" ou "Bloodbuzz Ohio"... Será que 1h45 de concerto nos fariam passar para o lado dos convertidos? Não sabíamos e ainda não sabemos, apesar de termos baixado algumas resistências ao longo do espetáculo.

Baseado largamente no mais recente High Violet e no antecessor Boxer , o concerto dos National em Lisboa passou também por alguns momentos mais memoráveis dos primeiros discos, com "Friend of Mine", de Alligator , a merecer aqui uma menção especial. Além de só ter sido apresentado em palco por duas vezes, já não era tocado pela banda há sete anos: "O que quer que façam, não saiam depois desta canção. Esta é para vocês Portugal. Cuidado com o que desejam", avisaram antes de partir para o tema que abriria o primeiro encore.

Uma hora antes, o início da atuação seria colorido a tons violeta, como convém, para um "Start a War" recebido sob chuva de aplausos. A voz de Berninger soltava-se desbragada e o cantor jogou o seu charme natural, algures entre um Stuart Staples menos aveludado e um Ian Curtis mais equilibrado, enquanto cantava sobre desafiar alguém a ir-se embora. Parece ameaça, mas nós não levámos a sério.

A viagem seguiria depois por "Anyone's Ghost" e "Secret Meeting", que mantêm o registo de lamuriosos desencontros amorosos e é por aqui que vamos pensando com os nossos botões: "ok, excelentes músicos, mas já passámos esta fase". E então entra, com uma certa urgência, "Bloodbuzz Ohio" e recuperamos o ânimo enquanto Matt Berninger se perde em palco na sua imagem de artista autocomiserado.

"Slow Show", recuperado a Boxer , mantém o público em alta e torna-se facilmente um dos momentos mais empolgantes da primeira parte do concerto. Segue-se, sem parar e com bateria cavalgante, por "Squalor Victoria" adentro, com o vocalista a caminhar na corda bamba da histeria. E eis que nos afasta novamente, com a berraria e com um "Afraid of Everyone" que, francamente, nos entedia.

Elogiada a sala de espetáculos lisboeta e verbalizada a felicidade por estarem de volta a Portugal e a Lisboa, os National prosseguem depois por uma "super angry" "Abel", arrancada a ferros a Alligator . "Sorrow" leva-nos de volta a território conhecido e cobre o palco de nuvens negras. Só voltamos a focar-nos no palco com a sedutora "Conversation 16", tão boa em palco - ou melhor - que em disco.

"Lucky You" regressa - em registo intimista - a 2003, "Esta é mesmo velha" avisam, e "England" mantém uma acalmia agradável com a ajuda de teclados serpenteantes. A magia de "Fake Empire" é, então, reconhecida aos primeiros acordes e o coro avoluma-se para rebentar na maior ovação da noite. E nós vamos com ela. Primeira saída de palco.

Continuamos a bordo com "Friend of Mine", mais a partilhar do entusiasmo genuíno da plateia que outra coisa qualquer, e "Mr. November" transporta-nos de volta a recordações dos Joy Division. "Terrible Love" encerraria o primeiro encore com Berninger a ser engolido pela multidão, cantando a plenos pulmões.

De volta ao palco com o mesmo copo (ou seria outro?) na mão, o intimismo de "About Today" serviria de aperitivo ao derradeiro momento arrepiante da noite (e não é que com esta arriscam-se mesmo a conquistar um novo fã!?): enternecedora q.b., "Vanderlyle Crybaby Geeks" é tocada e cantada sem amplificação e com ajuda, de peso, do Campo Pequeno. "Ajudem-nos a cantar. Sabemos que são bons a cantar, por isso cantem muito", desafiam. E nós cantaríamos, com certeza, se soubéssemos a letra.

A primeira parte do concerto ficou a cargo de uns (mais que) convincentes Dark Dark Dark. O coletivo de Minneapolis, brilhantemente liderado pela voz límpida de Nona Marie Invie, contou as suas histórias de acordeão e clarinete em riste num ambiente que era o do Campo Pequeno mas que poderia muito bem ser o de um clube de jazz decadente, sedutor com o seu fumo de cigarro. "É a nossa primeira vez em Lisboa e é praticamente um sonho tornado realidade tocar com os National. Adoramos Portugal", diria a cantora antes de se despedir com o docinho "Daydreaming" de um público que, a avaliar pela receção, não terá problemas em vir a adorá-los também.

Depois desta noite quente, muito quente, saímos da sala lisboeta a perceber um pouco melhor a dimensão do fenómeno National. Ainda assim, continuamos a entendê-lo tão pouco quanto os fãs entenderão este texto. Não os censuramos.

Alinhamento
Start a War
Anyone's Ghost
Secret Meeting
Bloodbuzz Ohio
Slow Show
Squalor Victoria
Afraid Of Everyone
Little Faith
Abel
All The Wine
Sorrow
Apartment Story
Conversation 16
Lucky You
England
Fake Empire

Friend of Mine
Mr. November
Terrible Love

About Today
Vanderlyle Crybaby Geeks

Texto de: Mário Rui Vieira
Fotos de: Rita Carmo/Espanta Espíritos

'The Tree Of Life' vence Palma de Ouro






O filme The Tree Of Life (A Árvore da Vida) venceu a Palma de Ouro na edição deste ano do Festival de Cannes. aqui fica o palmarés completo:

PALMA DE OURO - A ARVORE DA VIDA, de Terrence Malick (EUA)


GRANDE PRÉMIO DO JURI (ex-aequo) - LE GAMIN AU VELO, de Jean-Pierre e Luc Dardenne (Belgica) e ONCE UPON A TIME IN ANATOLIA, de Nuri Bilge Ceylan (Turquia)

REALIZAçÃO - Nicolas Winding Refn, por DRIVE (EUA)
ACTOR - Jean Dujardin em THE ARTIST, de Michel Hazanavicius (Franca)
ACTRIZ - Kirsten Dunst em MELANCHOLIA, de Lars von Trier (Dinamarca)
ARGUMENTO - Joseph Cedar, por FOOTNOTE, de Joseph Cedar (Israel)
PRÉMIO DO JURI - POLISSE, de Maiwenn (Franca)
PALMA DE OURO (curtas-metragens) - CROSS, de Maryna Vroda (Ucrania)
CÂMARA DE OURO (primeiras obras) - LAS ACACIAS, de Pablo Giorgelli (Argentina)





Publicada por Nuno Galopim em Domingo, Maio 22, 2011 em http://sound--vision.blogspot.com/

terça-feira, 24 de maio de 2011

Trust - Perigo online




Bem instalados e em segurança na sua casa dos subúrbios, Will e Lynn Cameron costumam dormir bem de noite, confiando que os seus filhos estão protegidos. Will, em particular, sente-se confortável com o facto de ele e Lynn terem criado três crianças brilhantes, e que depois das portas estarem fechadas e o alarme ligado nada – absolutamente nada – poderá fazer mal à sua família.

Quando a sua filha de 14 anos, Annie, faz um novo amigo online, um rapaz de 16 anos chamado Charlie, que conheceu num “chat room” de voleibol, Will e Lynn não pensam muito no assunto, falando apenas com a filha sobre essa amizade, assumindo no entanto ser normal entre adolescentes que comunicam pela Internet.

Mas depois de várias semanas de comunicação, Annie fica cada vez mais seduzida por Charlie, já não podendo passar sem ele. Aos poucos, descobre que ele não é quem diz ser. No entanto, continua completamente intrigada por ele, mesmo após o seu segredo ser revelado. Uma revelação devastadora, com implicações para toda a sua família, desencadeando uma série de acontecimentos que irão mudar as suas vidas, de uma forma que ninguém poderia prever.


Realizado por David Schwimmer, Trust – Perigo Online é interpretado pelos nomeados para Óscar® Clive Owen e Catherine Keener, pela estreante Liana Liberato e ainda por Noah Emmerich e pela nomeada para Óscar® Viola Davis. O filme foi escrito por Andy Bellin e Robert Festinger e produzido por by Tom Hodges, Ed Cathell III, Dana Golomb, David Schwimmer, Robert Greenhut e Heidi Jo Markel.





Ler mais: http://splitscreen-blog.blogspot.com/#ixzz1NHZw0EIX

Bob Dylan at 70: fans celebrate but interview tapes reveal a dark episode



Bob Dylan recording his first album at Columbia Studio, New York CityView larger picture
Bob Dylan recording his first album between November 1961 and March 1962 at Columbia Studio, New York City. Photograph: Frank Driggs Collection/Getty Images










From Moscow to Madrid, Norway to Northampton and Malaysia to his home state of Minnesota, self-confessed "Bobcats" will gather today to celebrate the 70th birthday of a giant of popular music. Bob Dylan will celebrate with tribute bands, original works, intellectual debates and simple singalongs to applaud a man born as Robert Allen Zimmerman in St Mary's hospital, Duluth on 24 May 1941.


In New York, the BB King Blues Club hosts tribute band Highway 61 Revisited, with guests including Rolling Thunder Revue violinist Scarlet Rivera and Never Ending Tour drummer Winston Watson, recreating Dylan's greatest hits.


In Hibbing, Minnesota, the town where he was raised, the annual Dylan Days festival at the weekend, with music, art and literature, will showcase the place that "spurred" the young Zimmerman. "With Bob Dylan turning 70 we are taking a year to honour not just his accomplishments but the creativity he continues to inspire," said Aaron Brown, Dylan Days spokesman.


At the University of Bristol, "The Seven Ages of Dylan" promises to bring forth "the UK's foremost Dylan scholars" to assess his continuing capacity to inspire and infuriate. "No one since Kipling has given the English language as many memorable phrases as Dylan," said Craig Savage, one organiser of the academic conference.


As fans prepare their celebrations, fresh details of Dylan's turbulent life at the height of his fame in the 1960s have emerged. Interviews found by the BBC reveal the singer had been addicted to heroin and contemplated suicide. Opening up to critic Robert Shelton on a private plane after a concert in March 1966 in Lincoln, Nebraska, Dylan said he kicked a heroin habit in New York. "I got very, very strung out for a while, I mean really, very strung out. And I kicked the habit. I had about a $25-a-day habit and I kicked it," he said.


Shelton first wrote about Dylan in 1961, publishing the definitive biography No Direction Home, The Life and Music of Bob Dylan, in 1986. The tapes of the previously unheard recordings were found during work on a new edition published for the singer's birthday.


The recordings show that weeks before his 25th birthday Dylan admitted experiencing "this suicidal thing". He said: "I'm not the kind of cat that's going to cut off an ear if I can't do something. I'm the kind of cat that would just commit suicide." He added: "I'd shoot myself in the brain if things got bad. I'd jump from a window … man, I would shoot myself. You know I can think about death, man, openly."


Dylan held no hope that his songwriting would "get me out of the fiery furnace", adding that it was "certainly not going to extend my life any and it's not going to make me happy." But parties around the globe on Tuesday will pay testimony to the happiness he has brought others.


John Butt, a former broadcaster, is hosting the only event listed in India, at his home in Delhi. "Bob Dylan has been a constant figure in my life since I heard The Times They Are a-Changin' in 1964, and the more I listen to his music, the more it means to me," he said.


Having put his living-room event on Google's map of celebrations around the world, there was a danger that half of Delhi could turn up. Butt was not worried. "If they do I'll welcome them in," he said. Dylan's message had particular resonance in India, he added. "Dylan was always able to express his spirituality in a profound but very idiosyncratic way and I think that is in line with the way India celebrates the diversity of its spirituality." In Norway, fans are holding a Bobfest with quasi-religious fervour. "Slow Train – the gospel according to Bob Dylan" is being held at the cathedral in Toensberg, 60 miles south of Oslo. Thousands of miles away at the Chatkhara restaurant in Lahore, Pakistan, "local Bobsessives" will come together to "share mixtapes and listen to Dylan".


In Tel Aviv, Israeli artists including Yuval Banai, Yali Sobol and Noam Rotem will play Dylan hits in English and Hebrew on Tuesday night at the Barby Club. Dylan plays the city in June, his first concert in Israel since 1993. Event organiser Dror Nahun said: "Most of the songwriters in Israel have been influenced by Dylan, he has a huge following. Dylan is celebrated wherever there are human beings, from China to America – he knows how to touch people all over the world."

segunda-feira, 23 de maio de 2011

'A Laranja Mecânica': 40 anos depois

Este é do meu top 10!


Não revelou novo cinema, mas a evocação dos 40 anos de A Laraja Mecânica, de Stanley Kubrick, foi certamente um dos momentos altos da edição deste ano do Festival de Cannes. Uma cópia restaurada foi apresentada no festival, numamasterclass que contou com a presença do actor Malcolm McDowell, que há 40 anos vestiu a pele do protagonista do filme. Na ocasião McDowell recordou o filme e a construção da personagem, explicando que vestia um equipamento branco de jogar cricket quando se encontrou com Kubrick, desse facto decorrendo parte da construção visual da figura que depois levou ao grande ecrã.



Além da apresentação de uma cópia restaurada, em Cannes foi ainda exibido o documentário Once Upon a Time… Clockwork Orange, filme de Antoine de Gaudemar e Michel Ciment.

O documentário não integra contudo os conteúdos extrta de um lançamento em blu-ray que assinala, ainda este mês, os 40 anos da estreia do filme. Entre os extras desta edição conta-se os documentários Malcolm McDowell Looks Back (no qual o actor reflecte sobre a experiência que representou ter trabalhado com Kubrick), Still Tickin': The Return of Clockwork Orange, Great Bolshy Yarblockos!: Making A Clockwork Orange, Stanley Kubrick: A Life in Pictures (sobre o realizador, num filme narrado por Tom Cruise) e O Lucky Malcolm! Documentary (um outro filme sobre a carreira do actor). Entre os extras surge ainda uma reflexão sobre o impacte cultural do filme e das formas de representação de violência que então apresentou.




FONTE

domingo, 22 de maio de 2011

Cannes 2011: veja as diferencas



Qual e a coisa, qual e ela, que tem cabelo como Robert Smith, olhos pintados de negro como Robert Smith, baton vermelho como Robert Smith... mas nao e Robert Smith? A resposta e: Sean Penn. Como protagonista de This Must Be the Place, de Paolo Sorrentino, Penn parece refazer a imagem do vocalista de The Cure, mas em boa verdade o filme nao envolve qualquer referencia biografica. E mesmo uma ficcao total, centrada na figura de um ex-rocker, de nome Cheyenne, que tenta ajustar contas com os muitos fantasmas do passado, em particular com a memoria traumatica do seu pai — uma boa surpresa, em tom de drama interior, transfigurado pelos cenarios (irlandeses e americanos) e tambem pela vertigem da memoria. Nota importante: o titulo retoma o nome de uma cancao dos Talking Heads, tendo David Byrne uma dupla contribuicao — como autor da banda sonora original e numa breve participacao na personagem de... David Byrne.


sábado, 21 de maio de 2011

O Concerto


O CONCERTO

um filme de Radu Mihaileanu

com

Mélanie Laurent

Alexei Guskov

Dmitri Nazarov

Durante década de 70, nos anos de governação de Leonid Brejnev (1906-1982), Andrei Filipov (Aleksey Guskov) foi o grande maestro da União Soviética e dirigiu a famosa Orquestra do Teatro Bolshoi. Mas, depois de se recusar a deixar os seus músicos por questões raciais, foi demitido, assim como praticamente todos os músicos. Três décadas mais tarde, ele ainda trabalha no Teatro, mas como empregado de limpeza. Uma noite, durante as suas rotinas, Andrei encontra no fax um convite do director do Théâtre du Châtelet, para uma tournée em Paris e tem uma ideia perfeitamente louca: reunir os seus velhos músicos judeus e, representando a Orquestra do Teatro Bolshoi, levá-los à capital francesa. Assim surge a grande oportunidade de fazê-los regressar aos palcos e saborear a vingança.

Globos de Ouro 2011 - Nomeado para Melhor Filme Estrangeiro


Prémios César 2010 - Melhor Banda Sonora Original e Melhor Som, Nomeado para Melhor Realizador, Melhor Filme, Melhor Argumento Original e Melhor Montagem


" 'O Concerto' traz o intrépido ressurgimento de uma orquestra esfacelada por um regime político. A música é um dos elementos que define e delimita os personagens num contexto de traumas contundentes. O resgate musical, no entanto, configura-se como um alento para estes músicos (e para o espectador), numa bela homenagem à música clássica. Bruno Mendes, Cinema na Rede

Título original: Le Concert


Ano: 2009


Realização: Radu Mihaileanu


Interpretação: Méla

nie Laurent, Alexei Guskov, Dmitri Nazarov

Origem: França

Duração: 119 min

Classificação: M/12