segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A TETA ASSUSTADA

Entre os turbulentos anos 70 e 90, em que o Peru vivia aterrorizado nas mãos de Sendero Luminoso (organização terrorista fundada, em 1960, por Abimael Guzman), nasceu uma crença sobre uma doença transmitida pelas mulheres violadas que estivessem grávidas ou a amamentar: o seu leite estaria contaminado pela tristeza e essas crianças seriam, para sempre, infelizes e desalmadas.
Fauta (Magaly Solier), ainda no útero materno, assistiu à violação da sua mãe e hoje é uma Teta Assustada. Agora, depois da morte dela, para que possa sobreviver ao mundo, terá que curar a sua tristeza e ultrapassar o seu medo paralisador.
Segunda longa-metragem da peruana Claudia Llosa (depois de "Madeinusa" em 2006, também com Magaly Solier como protagonista), foi nomeado para o Óscar de melhor filme estrangeiro de 2010, sendo o filme vencedor do prestigiante Urso de Ouro em Berlim (2009).


«Um belíssimo filme cuja aparente simplicidade e tranquilidade escondem discretamente as turbulências de uma jovem que aprende a viver no mundo real.» Jorge Mourinha, Público

«(...) há momentos inesquecíveis, como a função da língua quechua na lógica poética das canções do filme ou os planos orgiásticos de casamentos ou ainda actos quotidianos mínimos, desde as deambulações da protagonista pela casa quase assombrada até à subida das intermináveis escadas para o bairro, a lembrar imaginários templos.» Mário Jorge Torres, Público
FESTIVAL DE BERLIM -- URSO DE OURO (MELHOR FILME)
ÓSCARES 2010 -- nomeação MELHOR FILME ESTRANGEIRO

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