sábado, 30 de junho de 2012

Preguiças, mamutes e muito gelo


Publicado originalmente em sound+vision

Os desenhos animados em 3D talvez não precisassem de ser em... 3D! Mas é um facto que continua a haver exemplos felizes como A Idade do Gelo 4: Deriva Continental, de Steve Martino e Mike Thurmeier — este texto foi publicado no Diário de Notícias (27 Junho), com o título 'O prazer pré-histórico da narrativa'.


Podemos duvidar (eu duvido, em todo o caso) da pertinência da aplicação do formato 3D num filme como A Idade do Gelo 4: Deriva Continental. Podemos até questionar esta insólita fuga para a frente do cinema americano a três dimensões, na animação e não só, “obrigando” filmes que existem muito bem em imagem clássica a integrar o “suplemento” tecnológico do 3D. Mais ainda: podemos supor que o carácter postiço, não motivado, de muitas formas de tridimensionalidade está a afastar cada vez mais espectadores (há índices que apontam para isso) e a gerar um retorno aos prazeres das cópias normais.
Podemos considerar o cepticismo que tudo isso envolve, mas nada disso anula a radiosa certeza desta saga pré-histórica: estamos perante um caso exemplar de um contagiante sentido de espectáculo. Que espectáculo? Por certo não essa banalidade economicista que confunde a histérica acumulação de “efeitos especiais” com emoções garantidas (haverá coisa mais monótona e sensaborona que a história de Abraham Lincoln a... caçar vampiros?). O sentido do espectáculo é, acima de tudo, o rigor da narrativa: A Idade do Gelo 4 é mais um exemplo feliz de revitalização dos padrões tradicionais da fábula familiar, com mamutes, tigres e algumas irresistíveis preguiças (John Leguizamo é genial na voz de Sid) a cumprir a lógica mais funda deste tipo de narrativa. A saber: encontrar um lugar para viver.
Modelo de sucesso dos estúdios da 20th Century Fox, A Idade do Gelo 4 propõe também um precioso complemento. Assim, a abrir, temos uma curta-metragem dos Simpsons [The Longest Daycare], protagonizada pela pequena Maggie, vivendo um dia difícil na escola. E quando falamos de arte da narrativa, regressar aos Simpsons envolve sempre algo de pedagógico.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Estreias da Semana


Publicado originalmente em splitscreen
Destaques:
Estrada de Palha (Estrada de Palha)



Ano: 2012
Realização: Rodrigo Areias
Argumento: Rodrigo Areias
Género: Western
Elenco: Vítor Correia, Nuno Melo, Adelaide Teixeira e Inês Mariana Moitas


Neste "cine-concerto", levam para palco instrumentos mais ou menos usuais ("marxophone", "violin-uke" e até um berbequim) para dar música a estas projecções especiais do filme, que antecedem a chegada às salas de cinema. No final de cada espectáculo, o palco abre-se à conversa dos compositores e do realizador com o público. "Estrada de Palha" é uma espécie de "western" alentejano que decorre na primeira década do século XX. A história centra-se em Alberto, um emigrante que regressa à aldeia natal em busca de justiça e é confrontado com jogos de poder e corrupção.Outras sugestões:


Mais Uma Noite de Merda Nesta Cidade de Treta
(Being Flynn)



Ano: 2012
Realização: Paul Weitz
Argumento: Paul Weitz
Género: Drama, Comédia
Elenco: Paul Dano, Robert De Niro e Julianne Moore
Nick Flynn (Paul Dano) é um jovem escritor de vinte e poucos anos que cresceu atormentado com afastamento do pai e que ainda não ultrapassou o recente falecimento da mãe (Julianne Moore). Jonathan (Robert De Niro), o pai, é um megalómano que sempre se autoproclamou escritor e poeta, apenas comparado a Mark Twain ou J. D. Salinger. Nick era ainda uma criança quando o pai abandonou a família e acabou preso por burla qualificada. Hoje, a trabalhar numa associação de apoio aos sem-abrigo em Nova Iorque, o seu caminho acaba por cruzar-se com o de Jonathan que, pelas circunstâncias e modo de vida irrealista, acabou por se tornar num indigente. Aproveitando a oportunidade que a vida lhes proporcionou, os dois vão empenhar-se em reencontrar o elo quebrado há quase 20 anos. Um filme dramático com argumento e realização de Paul Weitz ("Era Uma Vez Um Rapaz"), baseado em "Another Bullshit Night in Suck City", o livro de memórias de Nick Flynn.


A Idade do Gelo 4: Deriva Continental
(Ice Age: Continental Drift)





Ano: 2012
Realização: Steve Martino e Mike Thurmeier
Argumento: Michael Berg e Jason Fuchs
Género: Animação
Elenco de vozes: Ray Romano, Denis Leary e John Leguizamo
Quando Scrat, o mais teimoso e persistente esquilo da História da Terra, desencadeia mais uma série de eventos cataclísmicos à escala planetária, Manny (voz de Ray Romano), Diego (Denis Leary) e Sid (John Leguizamo) são empurrados para mais uma perigosa aventura. Desta vez, à deriva numa ilha de gelo e separados do resto do clã, os três acabam capturados por um grupo de piratas mal-encarados decididos a impedir o seu regresso a casa. Pelo meio, Sid ainda encontrará os seus antepassados e Diego descobrirá o amor de Shira (Jennifer Lopes), uma linda tigre-dentes-de-sabre. Realizado por Steve Martino e Mike Thurmeier, é o quarto episódio da divertida saga "Idade do Gelo", iniciada em 2002, por Chris Wedge e Carlos Saldanha.

Agentes Secundários (21 Jump Street)



Ano: 2012
Realização: Phil Lord e Chris Miller
Argumento: Michael Bacall e Jonah Hill
Género: Comédia, Acção

Elenco: Jonah Hill, Channing Tatum e Ice Cube
Morton Schmidt e Greg Jenko (Jonah Hill e Channing Tatum) eram, nos tempos de liceu, inimigos declarados: o primeiro era o típico marrão; o segundo, o engraçadinho da turma que gostava de ridicularizar os mais fracos. Quando, anos mais tarde, se encontram na academia de polícias, deixam para trás as divergências e acabam por se tornar companheiros de treino e de estudo. Apesar das grandes dificuldades a fazer a recruta, ambos acabam por conseguir terminá-la, mesmo sem grande reconhecimento ou mérito particular. Assim, acabam juntos como agentes secundários e enviados para a 21 Jump Street. A sua função é simples: dada a sua aparência jovem e imatura, são novamente matriculados no liceu onde tentarão controlar o tráfico de uma nova droga sintética que se está a vulgarizar entre os alunos. Para isso, vão ter de voltar a interiorizar o espírito adolescente e cumprir, com dignidade e distinção, a sua primeira missão. Uma comédia realizada pela dupla Phil Lord e Chris Miller ("Chovem Almondegas") baseada na série televisiva em voga nos anos 1980, criada por Stephen J. Cannell e Patrick Hasburgh, com Johnny Deep como um dos protagonistas.

O Moinho e a Cruz (The Mill and the Cross)



Ano: 2011
Realização: Lech Majewski
Argumento: Michael Francis Gibson e Lech Majewski
Género: Drama
Elenco: Rutger Hauer, Michael York e Charlotte Rampling
Em 1564, Peter Bruegel (1525-1569) pintou "A Procissão e o Calvário", uma representação a óleo em tela com mais de 500 personagens, sob o tema da crucificação de Jesus e as perseguições religiosas em Flandres. Em 1996, mais de 400 anos depois, esse quadro deu origem à monografia "The Mill and the Cross", uma análise exaustiva à obra de Bruegel pelo reconhecido crítico de arte Michael Francis Gibson. Em 2011, o cineasta polaco Lech Majewski, inspirado por ambas as obras e utilizando cenários pintados conjuntamente com as mais recentes técnicas digitais, transporta para o grande ecrã a história de 12 daqueles personagens, num ambiente estilizado como se de um quadro a óleo se tratasse. Com argumento do realizador Lech Majewski e do académico Michael Francis Gibson, o filme conta com a participação dos actores Rutger Hauer, Michael York e Charlotte Rampling.

O Nome da Discórdia (Le Prénom)



Ano: 2012
Realização: Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte
Argumento: Matthieu Delaporte
Género: Comédia
Elenco: Patrick Bruel, Valérie Benguigui e Charles Berling
Vincent é casado com Anna (Patrick Bruel, Judith El Zein) e, apesar de já ter passadoos quarenta, está extasiado com a ideia de se tornar pai pela primeira vez. Certanoite, os dois são convidados para um jantar familiar em casa da irmã e cunhadode Vincent. Porém, quando o futuro pai é questionado sobre o nome escolhidopara a criança, a sua resposta lança-os num autêntico caos familiar. Parapiorar, a presença de Claude (Guillaume de Tonquedec), um amigo de longa data,é tudo menos apaziguadora... Realizado por Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte, uma comédia familiar baseada numa peça de teatro da autoria de Delaporte.


Ler mais: http://splitscreen-blog.blogspot.com/#ixzz1zAlkR9F1

terça-feira, 26 de junho de 2012

As fotos de Victor Hertz

Publicado originalmente em Sound+Vision

Foto: Victor Hertz

Podemos reconhecer algumas das canções. Os ‘diamond dogs’, a ‘china girl’, o calendário que sugere ‘Love You Till Tuesday’, os balões de BD que dão a ouvir que ‘Everyone Says Hi’ ou o ‘Starman’... Já agora, e serve de passatempo, dediquem-se à descodificação das restantes referências. O poster, dedicado a David Bowie, integra uma nova série criada pelo designer sueco Victor Hertz. Nascido em 1983 em Uppsala e tem já uma considerável lista de clientes, de exposições e mesmo de participações em livros. Esta nova série de posters alia uma lógica semelhante à que encontramos com as canções de Bowie relativamente a figuras como os Beatles, os Rolling Stones, Bruce Springsteen, Johnny Cash ou Iggy Pop.





Fotos: Victor Hertz

Procurando outros momentos na obra deste designer sueco encontramos uma série de posters que, através de pictogramas, sugerem títulos de canções. Escolhemos três. Uma dos Pixies, outra dos Radiohead e ainda uma terceira pelos Blur.

Podem visitar aqui o site oficial de Victor Hertz

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Poster de "Elementary", série da CBS com um Sherlock Holmes moderno

Publicado Originalmente em Split Screen

Apesar das severas críticas pela comparação com Sherlock da BBC, o piloto da nova série da CBS sobre um Sherlock Holmes contemporâneo em Nova Iorque acabou por ser aprovado. Eis o poster de Elementary:


Na história de Elementary, Sherlock Holmes (Johnny Lee Miller) entra numa clínica de reabilitação em Londres. Quando sai, acaba por mudar-se para Manhattan onde é forçado, pelo seu pai, a dividir o apartamento com a Dra. Joan Watson (Lucy Liu), uma cirurgiã que perdeu a licença há três anos. Tentando manter Sherlock sóbrio e longe das drogas, esta passa a acompanhá-lo no seu trabalho como consultor da polícia nova-iorquina. O seu contacto é Tobias Gregson (Aidan Quinn).

A série estreia na fall season.

domingo, 24 de junho de 2012

Primeira imagem de Angelina Jolie em "Maleficent"

Publicado originalmente em Split Screen
Já não será novidade para muitos, visto que a imagem foi já divulgada no início da semana. Para de forma simbólica, iniciar a produção de Maleficent, foi divulgada uma imagem de Angelina Jolie (Salt) como Maléfica.


Maleficent é uma versão live-action do clássico da Disney, Sleeping Beauty, centrado na vilã maléfica e os eventos que antecederam à história que conhecemos. Além de Angelina Jolie, o filme contará com Sharlto Copley (District 9) como King Stefan, Elle Fanning (Somewhere) no papel de Princesa Aurora, enquanto que para interpretar as fadas Thistlewit, Knotgrass e Flittle, contaremos com Juno Temple (Atonement), Imelda Staunton (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1) e Lesley Manville (Another Year), respectivamente. Kenneth Cranham (Valkyrie) será o filho bastardo do Rei Stefan, Miranda Richardson (Damage) será Ulla, tia da Maléfica; Sam Riley (Control) será o braço-direito da vilã e que pode tomar a forma de um corvo, enquanto que India Eisley (The Secret Life of the American Teenager) surgirá como Maléfica na sua versão jovem.


Maleficent será realizado pelo estreante Robert Stromberg (vencedor de dois Óscares pela direcção artística de Avatar e Alice in Wonderland), com argumento de Paul Dini e Linda Woolverton (The Lion King). O filme estreia a 14 de Março de 2014.

sábado, 23 de junho de 2012

Scott Walker prepara novo disco


Scott Walker confirmou que está a trabalhar num novo álbum e sucessor de "The Drift" de 2006.
De acordo com a Pitchfork, o novo trabalho deverá chegar às lojas no final do Outono.
O veterano compositor mostrou um inédito num concerto em Nova Iorque esta semana. a publicação caracteriza a canção, que integra momentos a capela, como «avassaladora».
Este será o 14º registo de originais em nome próprio do lendário músico anglo-americano.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Trailer da sétima temporada de "Dexter"



Publicado em SplitScreen

O canal Showtime revelou um trailer promocional para a sétima temporada de Dexter, que pode conter spoilers para quem ainda não viu a anterior:


A sétima temporada deverá dar continuidade à última cena da sexta temporada da série. Ao longo do episódio de estreia da nova temporada iremos ter vários flashbacks da infância de Deb (Jennifer Carpenter) e Dexter (Michael C. Hall), sendo que a história introduzida deverá ser desenvolvida até à oitava temporada. À nova temporada juntam-se ainda os actores Ray Stevenson (Roma),Jason Gedrick (Luck), Matt Gerard e Yvonne Strahovski (Chuck).

A sétima temporada de Dexter estreia a 30 de Setembro.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

«Oceania», Smashing Pumpkins


por Davide Pinheiro em discodigital
«Oceania» não é a catástrofe naturalmente anunciada após o tormento que foi o concerto no Rock In Rio. Billy Corgan renega o exterior e revê o legado em regime assumido de auto-citação.

Os Smashing Pumpkins são Billy Corgan, tal como Matt Johnson era os The The e Robert Smith os The Cure. A constatação é óbvia mas essencial para se perceber que «Oceania» é um álbum a solo de um figurão com um ego tão cheio quanto a distorção das guitarras dos Black Sabbath, rezingão e descontente com o rumo da cultura pop. 

A raiva que tem transmitido nas entrevistas - a mais recente vítima foram os Radiohead fulanizados no anti-virtuoso Jonny Greenwood - está todinha numa colecção de canções que sumariza a matéria dada desde que os Smashing Pumpkins ainda eram uma banda e não apenas um ministério apenas com assessores e sem secretários de estado.

«Oceania» é um disco tipicamente reaccionário mas em relação ao exterior porque Corgan continua crente na sua religião de rock´n´roll lato em que cabe o psicadelismo dos Grateful Dead, a grandiosidade dos Cult e a neura dos Cure. Mas não nos iludamos, Corgan vive em circuito fechado, renega o presente e os compromissos impostos por uma cultura pop mais voltada para a viralidade que para solos crispados de guitarra.

A azia acumulada apontava para uma catástrofe mas «Oceania» é, apesar de todos as condições impostas por uma personalidade angustiada, um disco, pelo menos, superior ao anterior e irrelevante «Zeitgeist». Desta vez, pelo menos, não deixam cair os parentes de discografia na lama. O irmão mais novo pode já não nascer com a ambição de um «Siamese Dream» ou de um «Mellon Collie and The Infinite Sadness» mas, se comparado, não envergonha.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

VHS


Publicado no split screen


Embora possa não trazer nada de novo ao já habitual filme de terror que utiliza o método do found footage na tentativa de encontrar alguma verosimilhança, a verdade é que V/H/S conquistou o seu público no Festival de Sundance 2012 e recebeu o seu red band trailer:


Antologia de histórias de terror com o método found footage, o filme segue um grupo de marginais que são contratados por um desconhecido para arrombar uma casa abandonada e encontrar uma cassete de vídeo bastante rara. Na sua busca, acabam por encontrar um corpo, várias televisões antigas e uma interminável quantidade de vídeos bizarros. Um dos seus realizadores é Ti West, autor de filmes como The House of the Devil (2009) ou The Innkeepers (2011).

V/H/S estreia nos Estados Unidos a 5 de Outubro.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Novo teaser trailer da quinta e última temporada de "Breaking Bad"





Continuando sob o mote "All hail the King", foi divulgado um novo teaser trailer da quinta e última temporada de Breaking Bad:


Esta será a última temporada da série protagonizada por Bryan Cranston, sendo que estreará a 15 de Julho no canal AMC com um primeiro bloco de oito episódios interrompido por um hiato que só terminará no Verão de 2013 com a exibição dos últimos oito episódios.
Ler mais: http://splitscreen-blog.blogspot.com/2012/06/novo-teaser-trailer-da-quinta-e-ultima.html#ixzz1yAY7f88i

domingo, 17 de junho de 2012

"Aberdeen — Um possível Kurt Cobain"



O ator Nicolas Trevijano no monólogo "Aberdeen — Um possível Kurt Cobain", que estreia no dia 7 de julho em SPDIVULGAÇÃO/ZÉ CARLOS BARRETTA


RIO - Kurt Cobain tinha um amigo imaginário. Ele se chamava Boddah e os dois conviveram desde a infância até os últimos dias do cantor. Foi para Boddah que o líder do Nirvana ofereceu as palavras de sua carta de despedida, antes de uma espingarda Remington M-11, calibre 20, de três quilos, explodir sua cabeça na estufa da sua casa, em Seattle. Entre a criação de Boddah e o fatídico suicídio de Cobain estão o início e o fim da vida de um dos maiores ícones do rock. E essas duas pontas estarão conectadas em duas montagens teatrais que vão reviver Kurt Cobain nos palcos brasileiros.

Reflexões imaginárias

Marcada para estrear no dia 7 de julho, na Galeria Olido, em São Paulo, a peça "Aberdeen — Um possível Kurt Cobain" foi escrita por Sérgio Roveri e traz o ator Nicolas Trevijano dando voz ao mundo interno e imaginário de Kurt. Na montagem, dirigida por José Roberto Jardim, a ação se passa durante os três dias que separam a morte do líder do "Nirvana" e a descoberta de seu corpo por um eletricista. O outro espetáculo (sem título definido por enquanto) faz parte de um projeto criado por Bruno Gagliasso. O ator, que em 2008 interpretou o pintor Van Gogh em "Um certo Van Gogh", volta a se aventurar entre o consciente e o inconsciente de um artista fora de série e igualmente atormentado, agora com o amparo de João Falcão, que vai assinar a direção e já rascunha o texto, previsto para estrear no começo de 2013. A direção musical ficará a cargo de Alexandre Elias, do sucesso "Tim Maia — Vale tudo, o musical".

"Aberdeen — Um possível Kurt Cobain" começa no momento seguinte ao disparo da espingarda, como se Sérgio Roveri entrasse na cabeça de Kurt, imaginando livremente o que se passa no interior do personagem. E é como se o próprio Kurt estivesse fora de seu corpo e observasse, em panorâmica, sua existência.

— Existe um tom melancólico, mas o que predomina, apesar da verborragia do texto, é um estado de resignação, aceitação de uma situação irreversível, como se a angústia tivesse diminuído. É o alívio após a morte que o suicida talvez busque — diz o autor. — Como se ele não pertencesse mais a este plano e estivesse num lugar superior, onde tudo o que é mundano parece menor. A peça se passa nesse hiato, entre a morte e o momento em que acham o corpo, e ele usa esse tempo em suspenso para refletir.

Como frisa o título, "Aberdeen — Um possível Kurt Cobain" não oferece um retrato real do artista — o que seria improvável dada a narrativa irreal que se passa dentro de um Kurt pós-morte. Reforçando o desprendimento da história oficial, não há referências aos discos do Nirvana, e os nomes de Courtney Love, Dave Grohl e Krist Novoselic nem aparecem — mas Boddah, o amigo imaginário, sim. Estruturado em cinco movimentos, o monólogo mergulha nas idas e vindas da memória de Kurt entre a infância na cidade de Aberdeen e sua morte.

No primeiro, ele lê fragmentos de cartas de fãs — "Era difícil imaginá-lo envelhecendo e feliz", diz uma delas. No segundo, relembra a fria, sombria e tediosa Aberdeen — "Quem nasce ali, pelo visto, tenta ser original ao menos na hora de se mandar desta vida, mas nem isso consegue". No terceiro, alinha a carreira e a nota de suicídio escrita para Boddah — "Já faz muitos anos que eu não sinto prazer em ouvir ou em fazer música...". No quarto, a consciência do morto navega entre os dias em que esteve sumido, planejando o ato — "Como Hamlet, eu tive de escolher entre a vida e a morte". E, no quinto, viaja por temas como família, mulher, filha, carreira, sucesso, dinheiro, vida e, claro, morte — "Eu não sei para onde estou indo, simplesmente não posso mais ficar aqui".

— Embora ele tenha morrido aos 27 anos, acho que as angústias, dúvidas e inquietações que ele tinha acompanham cada um de nós, seja qual for a nossa idade — diz o ator Nicolas Trevijano.

Investigação biográfica

Já a peça imaginada por Gagliasso envereda numa investigação mais biográfica sobre a trajetória artística de Kurt, seus conflitos amorosos e suas canções, que também serão levadas ao palco. O ator, inclusive, já começou a tomar suas primeiras aulas de guitarra.

— Fiz Van Gogh e agora farei Kurt, personagens que não se conformam com o estado das coisas, que buscam encontrar sua identidade real e se livrar das impressões que os outros projetam. Kurt me faz questionar o que é o sucesso, o que representa uma trajetória artística e a própria vida — ele diz.

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sábado, 16 de junho de 2012

Radiohead’s ‘OK Computer’ - 20 Things You Might Not Know


Published here
Can it really be 15 years? A whole 15 years since Hanson’s ‘Mmmbop’ was No.1? June 1997 was quite the month for seismic rock masterpieces chronicling our millennial woes and sticky fears, and Radiohead’s ‘OK Computer’ was right there in the claustrophobic thick of it. To toast its birthday (16 June), here are 20 things you might not know about it.



1. In 1996 Thom Yorke and Jonny Greenwood told now-defunct webzine Addicted To Noise that the style they were reaching for on their next album was “Western analog” and “Post-techno-gothic”. Tongue possibly in cheek.


2. ‘Lucky’ was recorded in five hours for the 1995 Warchild ‘Help’ charity album.

3. In the studio, everything went through a plate reverberator they bought off Jona Lewie, of ‘Stop The Cavalry’ fame. And ‘You’ll Always Find Me In The Kitchen At Parties’ fame.


4. Apart from ‘Lucky’, ‘No Surprises’ was the first song recorded specifically for ‘OK Computer’. Half a dozen takes were committed to tape but – isn’t it always the way? – they went right back and used the first one, with minor tweaks.

5. ‘Subterranean Homesick Alien’ was inspired by Miles Davis’s ‘Bitches Brew’, trying to build huge spaces and watching them tumble away.


6. Colin Greenwood says the band drank vodka and orange before they recorded ‘Paranoid Android’. A (one) drink-fuelled binge turned into a jam session that ended with three songs being stitched together to form the post-prog ‘Bohemian Rhapsody’ we all sway, headbang and raise lighters aloft to.

7. ‘Fitter Happier’ is not recited by Stephen Hawking – but it might as well be. It’s Fred Cooper, the synthesized voice from Apple Macintosh’s SimpleText application, whose roboticized tones also give Professor Hawking the power of speech.



8. A working title for the album was ‘Your Home May Be At Risk If You Do Not Keep Up Payments’.

9. Another one was ‘Ones And Zeroes’. Those 1s and 0s have bled into many theories, such as…

10. The album is apparently designed to be played in tandem with ‘In Rainbows’, released 10 years later. The method is, largely, to alternate between the albums, and the tracks are said to merge into one another. Freaky. A “source close to” Thom Yorke said how surprised he was at how long it took everyone to work this out. Well, you’d need a lot of time on your hands.


11. ‘Lucky’ did what it said on the tin – expressed thanks for the position the band were in after ‘The Bends’ and celebrated all being in it together, everything clicking, albeit on the edge of the abyss. Well, it was never going to be S Club 7 levels of arm-linking joy, was it?


12. Once more on ‘Lucky’, shiny-domed arbiter of ambience Brian Eno – who commissioned the track for Warchild – said it was “the most beautiful song I've heard for a long, long time”.


13. That “kicking and screaming Gucci little piggy” in ‘Paranoid Android’ was a woman Yorke encountered in a bar, off her box on the old Columbian. Someone spilt a drink on her and – according to the terrified Yorke – she turned into a demon.

14. ‘Exit Music (For A Film)’ bears deliberate echoes of Johnny Cash’s ‘Prison Tapes’ in its dark bluesy opening strum.


15. Most of the album was recorded at St Catherine’s Court, near Bath, a manor house owned by British actress Jane Seymour. The Cure “laid down” ‘Wild Mood Swings’ there, and New Order recorded a bit of ‘Waiting For The Sirens’ Call’ at the house too. Not sure if it was the good bit (‘Krafty’).


16. Album opener ‘Airbag’ was originally titled ‘Last Night An Airbag Saved My Life’, a line that stayed in the lyric.


17. Vampire Weekend’s deck-shoed singer Ezra Koenig says ‘Exit Music (For A Film)’ was the first Radiohead song that floated his boat.


18. The “rain down’ section of ‘Paranoid Android’ was originally going to be a 10-minute organ outro. We think they probably made the right decision. It’s not ‘Layla’, for pity’s sake.

19. The album entered the Billboard 200 at 21, the same week the Prodigy crashed in at No.1 with ‘Fat Of The Land’. Over here it was held off by those pesky Hanson kids for a week before topping the charts.

20. In NME's original album review, we gave it 10/10 and called it "a landmark record of the 1990s". To date ‘OK Computer’ has sold more than four-and-a-half million copies.


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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Bon Iver to release new EP next week

Justin Vernon and co will unleash a seven-track live effort on Tuesday (June 19)
Bon Iver to release new EP next week

Bon Iver have announced that they will be releasing a new EP next week. The EP, which is simply titled 'iTunes Session EP', which will be released on Tuesday (June 19) and contains a total of seven tracks, all of which were recorded live. Among the tracks scheduled for release is a cover of Bjork's much-loved 'Who Is It?' and the band's recent single 'Holocene'. Bon Iver recently announced two UK dates for later this year. The folk band, who are already confirmed to headline this summer's Latitude festival, will play shows in Glasgow and Belfast in November too. They will first headline Glasgow's SECC on November 10 and will then play Belfast's Waterfront Hall Auditorium on November 11. The dates are part of a full European tour. You can watch the video for the band's recent single 'Calgary' by scrolling down to the bottom of the page and clicking. The tracklisting for 'iTunes Session EP' is as follows: 'Beth/Rest' 'Michicant' 'Holocene' 'Minnesota, WI' 'Hinnom, TX' 'Wash' 'Who Is It?'

Best Coast na rádio KCRW

 Best Coast foram até a rádio KCRW para divulgar seu mais recente disco de estúdio, intitulado The Only Place. A banda liderada por Bethany Cosentino foi até o programa Morning Becomes Ecletic para apresentar a faixa-título do trabalho, uma ode à Califórnia em formato de mais uma das belas canções pop pegajosas do grupo. Você pode assistir à performance logo abaixo, assim como ao clipe oficial do single, lançado recentemente.

Showtime cancela Weeds




O canal Showtime anunciou hoje o cancelamento da série Weeds. No ar há sete temporadas e prestes a estrear a sua oitava, Weeds encerra assim um ciclo no canal. A série protagonizada por Mary-Louise Parker recebeu dois prémios Emmy e um Globo de Ouro de Melhor Actriz.


A oitava e última temporada de Weeds estreia a 1 de Julho

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Herdeiros de Jim Morrison e Jimi Hendrix trabalham em hologramas dos músicos

Nem sei o que hei-de dizer...qualquer dia temos Jesus Cristo a rezar a missa...



Jim Morrison pode voltar a se apresentar como um holograma
Foto: Divulgação


Jim Morrison pode voltar a se apresentar como um holograma
DIVULGAÇÃO
RIO - Após o sucesso da apresentação virtual de Tupac Shakur no Coachella, Jim Morrison e Jimi Hendrix também podem voltar aos palcos, graças ao avanço da tecnologia dos hologramas. Jeff Jampol, admistrador do espólio do ex-vocalista do The Doors, disse à Billboard.com que há anos trabalha a ideia de criar uma representação em 3D de Morrison.
“Estamos tentando chegar a um ponto em que perosnagens 3D possam se movimentar”, disse Jampol, "Esperamos que Jim Morrison possa andar até você, olhar nos seus olhos, cantar para você e então sair do palco."
Segundo ele, o holograma faria parte de uma nova experiência de concerto multimídia. Jampol também administra o espólio de outros artistas de peso, como Otis Redding, Janis Joplin, Peter Tosh e Rick James.
A irmã de Jimi Hendrix, Janie, soa menos entusiasmada ao falar sobre o projeto de trazer o guitarrista morto em 1970 de volta aos palcos. Mas ela está trabalahando com uma empresa de Londres chamada Musion Systems para criar a versão virtual de Hendrix. Para Janie, o mais importante é "manter a autenticidade".
A possibilidade de trazer artistas mortos de volta ao palco animou a indústria do entretenimento após o sucesso da apresentação de Dr Dre e Snoop Dogg no Coachella, em abril. Desde já surgiram boatos de turnês de Michael JacksonMarilyn Monroe e Elvis Presley.




© 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização. 

Metric: opus 5, primeiro single

Publicado originalmente em Sound+Vision

O quinto álbum de estúdio dos canadianos Metric, liderados pela voz (melo)dramática da admirável Emily Haines, chama-se Synthetica e já tem cartão de visita: Youth Without Youth, em magnífico teledisco dirigido por Justin Broadbent, promete um rock visceral, carregado de memórias. A propósito: a faixa The Wanderlust conta com a colaboração de Lou Reed, himself.


Get More: www.mtvu.com

terça-feira, 12 de junho de 2012

Hobbit

Mais umas imagens da realização do filme que mais aguardo este ano.

Radiohead top Q Magazine readers poll

They probably took a look at my shelf...great albums.
Q Magazine begins it's 25th anniversary year with a countdown of the 250 best albums of Q's lifetime as chosen by Q's readers.

The Top 30 albums from 1986 to 2011 are as follows;

1 OK Computer- Radiohead
2 Nevermind - Nirvana
3 (What's The Story) Morning Glory  -Oasis
4 Definitely Maybe - Oasis
5 Whatever People Say I Am - Arctic Monkeys
6 The Joshua Tree - U2
7 The Stone Roses - The Stone Roses
8 The Bends - Radiohead
9 Achtung Baby - U2
10 Black Holes And Revelations - Muse
11 Is This It The - Strokes
12 A Rush Of Blood To The Head - Coldplay
13 Parklife - Blur
14 Screamadelica - Primal Scream
15 White Blood Cells - The White Stripes

domingo, 10 de junho de 2012

Spiritualized, Hey Jane

O regresso muito aguardado dos Spiritualized. Hey Jane é o 1º e, desde já, brutal single do álbum Sweet Heart, Sweet Light. O vídeo é um pequeno filme que aconselho seriamente a ver. Bom regresso!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Calendário das séries 2012/2013

Publicado em split screen



Como complemento ao Estado das Séries onde fica a saber se a sua série preferida foi renovada ou cancelada, deixamos também um calendário que mostra quando a sua série preferida vai regressar (primeiras exibições nos Estados Unidos) e vai sendo actualizada à medida que chegam mais informações.


Junho

Dia 10
True Blood - 5.ª Temporada (HBO)


Dia 11
Bunheads - 1.ª Temporada (ABC Family)


Dia 13
Dallas - 1.ª Temporada (TNT)


Dia 14
Suits - 2.ª Temporada (USA)
Burn Notice - 6.ª Temporada (USA)


Dia 17
Falling Skies - 2.ª Temporada (TNT)


Dia 20
Futurama - 7.ª Temporada (Comedy Central)
The Exes - 2.ª Temporada (TV Land)
Baby Daddy - 1.ª Temporada (ABC Family)
The Soul Man - 1.ª Temporada (TV Land)


Dia 24
The Newsroom - 1.ª Temporada (HBO)


Dia 26
Retired at 35 - 1.ª Temporada (TV Land)


Dia 28
Anger Management - 1.ª Temporada (FX)
Wilfred - 2.ª Temporada (FX)
Awkward - 2.ª Temporada (MTV)
Louie - 3.ª Temporada (FX)


Julho


Dia 1
Weeds - 8.ª Temporada (Showtime)


Dia 2
Web Therapy - 2.ª Temporada (Showtime)


Dia 9
The Closer - 7.ª Temporada (TNT)
Perception - 1.ª Temporada (TNT)


Dia 10
White Collar - 4.ª Temporada (USA)
Covert Affairs - 3.ª Temporada (USA)


Dia 11
Damages - 5.ª Temporada (Direct TV)


Dia 15
Leverage - 5.ª Temporada (TNT)
Breaking Bad - 5.ª Temporada (AMC)
Political Animals - 1.ª Temporada (USA)


Dia 19
Sullivan & Son - 1.ª Temporada (TBS)


Dia 23
Warehouse 13 - 4.ª Temporada (Syfy)
Alphas - 2.ª Temporada (Syfy)


Agosto

Dia 12
Hell on Wheels - 2.ª Temporada (AMC)

Dia 13
Major Crimes - 1.ª Temporada (TNT)


Dia 17
Boss - 2.ª Temporada (Starz)


Dia 19
Copper - 1.ª Temporada (BBC America)


Setembro
Dia 21
Haven - 3.ª Temporada (Syfy)


Dia 30
Dexter - 7.ª Temporada (Showtime)
Homeland - 2.ª Temporada (Showtime)


Janeiro


Dia 4
Merlin - 5.ª Temporada (BBC One)


Dia 14
Lost Girl - 3.ª Temporada (Showcase)
Being Human - 3.ª Temporada (BBC Three)


Abril


Dia 15
Defiance - 1.ª Temporada (Syfy)

Ler mais: http://splitscreen-blog.blogspot.com/2012/06/calendario-de-series-20122013.html#ixzz1xDK9goc9

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Calexico de volta.


Os Calexico estão de regresso aos discos após quatro anos de silêncio, anunciando o lançamento de um novo álbum - que terá por título Algiers - para o mês de setembro. Um primeiro aperitivo apresenta-se na forma deste Para, cujo teledisco aqui deixamos hoje. 


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Best Coast - The Only Place

Publicado originalmente em man on the moon

Os norte americanos Best Coast de Bethany Consentino e Bobb Bruno estão de volta aos discos em 2012 com The Only Place, editado no dia catorze de maio pela Wichita Recordings e sucessor de Crazy For You, disco de estreia que sugeri em agosto de 2010.


Manter uma carreira presa ao rótulo lo fi é uma escolha para poucos e quase sempre fruto da necessidade básica de algumas bandas com poucos recursos que se aventuram em estúdios artesanais, munidos de métodos de gravação primitivos e quase sempre precários. Logo, não são raros os casos em que grupos antes inclinados para a produção desse som de baixa fidelidade abandonam totalmente essa proposta no segundo disco, seja pelo aumento de recursos, um contrato com uma editora maior, ou a simples necessidade de evoluir.

Assim, os Best Coast, a exemplo de outros (Real Estate, Wavves e No Age), deixaram de lado o som artesanal e de baixa qualidade do primeiro disco para reproduzir um segundo álbum musicalmente mais límpido e abrangente e comercialmente com maior potencial. As canções de amor de Betahny e Bobb chegavam empacotadas em nuvens de poeira e ruídos, hoje chegam numa embalagem diferente, muito mais suave, pop e pronta para o grande público, com a ajuda do produtor Jon Brion.

Mas, felizmente, com exceção da sonoridade naturalmente mais límpida, a estrutura que preenchia o primeiro álbum continua presente em The Only Place, com Bethany a cantar sobre os mesmos temas e Bobb apoiado na mesma sonoridade e alguma crítica que possa ser feita a este The Only Place, talvez assente na aproximação excessiva entre as canções e não na instrumentação límpida em si.

Na abertura do trabalho, músicas como Why I Cry, My Life ou mesmo a surpreendente canção homónima entusiasmam pela honestidade dos versos assumidos porConsentino, mas Better Girl corta com esta tendência e a partir daí as canções passam a fluir como iguais, como se fossem apenas fragmentos de um imenso hino aos corações partidos. Provavelmente a culpa disso está na necessidade da banda em abandonar (quase) inteiramente o ritmo acelerado do primeiro disco, algo que até tentam restabelecer ao final com a rapidinha Let’s Go Home, mas que pouco modifica o resultado final do disco.

A fim e ao cabo, nenhuma das canções presentes no trabalho parecem fugir da temática simples de amores que não deram certo, declarações essencialmente confessionais e pequenas doses de melancolia. E esta era a proposta temática que enriquecia Crazy For You. Mas em The Only Place, mantendo-se a temática, o enquadramento é outro, Jon Brion tenta proporcionar uma maior grandeza e limpidez e o som surge reconfigurado e melhor moldado à voz entristecida e apaixonada de Bethany. Espero que aprecies a sugestão...


01. The Only Place
02. Why I Cry
03. Last Year
04. My Life
05. No One Like You
06. How They Want Me To Be
07. Better Girl
08. Do You Love Me Like You Used To
09. Dreaming My Life Away
10. Let's Go Home
11. Up All Night


Destaques Cinema


Publicado em split screen

Prometheus (Prometheus)



Ano: 2012
Realização: Ridley Scott
Género: Thriller, Ficção-Científica


2058. Depois de descoberto um mapa alienígena que estabelece as relações de diversas civilizações ao longo de várias épocas da vida da Terra, a nave Prometheus e a sua equipa de cientistas é enviada aos confins do universo em busca da raça que lhes deu origem. No entanto, ao descobrirem o grande segredo da criação da vida, deparam-se também com a maior ameaça à sua extinção. Realizado por Ridley Scott, um filme de ficção científica que tenciona ser o preâmbulo da saga Alien iniciada, em 1979, pelo mesmo realizador. O filme conta com as participações de Noomi Rapace, Michael Fassbender, Charlize Theron e Guy Pearce.

Outras sugestões:

As Neves do Kilimanjaro (Les neiges du Kilimandjaro)


Ano: 2011
Realização: Robert Guédiguian
Género: Drama

Depois de muitos anos dedicado à empresa onde trabalhava, Michel (Jean-Pierre Darroussin) acaba por ser dispensado das suas funções. Apesar de tudo, não perde o optimismo e continua a sua vida, calma e feliz, ao lado de Marie-Claire (Ariane Ascaride), a sua esposa de 30 anos. Até serem assaltados por dois homens que os agridem e lhes roubam todo o dinheiro que haviam juntado para uma viagem de sonho à Tanzânia. Mas o verdadeiro choque ocorre quando ambos percebem que o assalto foi arquitectado por um dos operários da comunidade que, por estar desempregado, tem a família a passar por sérias dificuldades. A partir desse momento Michel e Marie-Claire questionam-se até que ponto a violência pode ter sido justificada. Agora, para que possam regressar à tranquilidade da sua vida e aceitar o que lhes aconteceu, eles têm de perceber os motivos que levaram aquele homem àquelas circunstâncias. Realizado por Robert Guédiguian ("Um Passeio Pela História", "O Exército do Crime") e estreado no Festival de Cannes em 2011, um filme sobre a bondade e a capacidade de perdoar, que se inspira no poema "Pobres"("Les Pauvres Gens"), de Victor Hugo (1802-1885).


SuperClássico (SuperClásico)




Ano: 2011
Realização: Ole Christian Madsen
Género: Comédia

Christian (Anders W. Berthelsen), apesar de separado de Anna (Anders W. Berthelsen), decide deixar a Dinamarca e seguir viagem com o seu filho até Buenos Aires, numa tentativa inconfessada de reconquistar a ex-mulher. Esta, farta de um casamento sem emoção, deixou toda a sua vida para trás e assumiu uma relação com Juan Diaz (Sebastián Estevanez), um jovem jogador de futebol do Boca Juniors, um dos mais famosos clubes da Argentina. Contra todas as expectativas, o jovem namorado de Anna, para além de rico, bonito e extrovertido, parece ter simpatizado com eles, acabando por os envolver no seu luxuoso e extravagante modo de vida. Para piorar, sem que soubessem, pai e filho chegam à capital numa das mais envolventes alturas do ano: o famoso Superclásico, o tradicional dérbi que opõe o Boca Juniors ao River Plate. Com a cidade virada do avesso e rodeado de pessoas absolutamente diferentes de si, será que Christian conseguirá demonstrar os seus sentimentos mais profundos?


Rampart, o Renegado (Rampart)


Ano: 2011
Realização: Oren Moverman
Género: Drama


Los Angeles, 1999. Dave Brown é um polícia da velha guarda. Veterano da guerra do Vietname, a sua misantropia reflecte-se no seu próprio código de justiça particular, onde a moralidade tem os seus próprios moldes. Por esse motivo, ele é usado nos casos mais complexos, onde a lei é mais dúbia e onde a missão não deve ser questionada. Um dia acaba por ser filmado a espancar gratuitamente um suspeito. Envolvido num escândalo nacional para o qual todo o Departamento é arrastado, acaba por torna-se alvo da atenção do público e dos próprios colegas de trabalho, que desejam o seu afastamento. Assim, pela primeira vez na sua vida, Brown questiona as suas motivações mais íntimas e o seu mundo começa a dar sinais de derrocada... Segunda obra de Oren Moverman, depois do enorme sucesso de "O Mensageiro" (2009), "Rampart o Renegado" baseia-se num dos maiores casos de corrupção e má conduta policial da história dos EUA. Entre o elenco, Woody Harrelson, Ben Foster, Ice Cube, Sigourney Weaver, Robin Wright e Steve Buscemi.



Apanha-me esse Gringo (Get the Gringo)


Ano: 2012
Realização: Adrian Grunberg
Género: Drama, Acção

Driver (Mel Gibson) é um criminoso que, ao ser perseguido pela patrulha fronteiriça dos EUA depois de um assalto que lhe rendeu milhões de dólares, acaba por conseguir passar a fronteira para o México. Porém, julgando que tinha escapado ao pior, nunca imaginaria o que o destino lhe reservava: preso pelas autoridades mexicanas, é enviado para El Pueblito, uma prisão onde coabitam todo o género de criminosos e onde os bandidos da pior espécie impõem as leis. Naquele lugar, que acomoda mais de dois mil prisioneiros, os familiares e amigos têm a possibilidade de entrar e sair sempre que o desejarem e até mesmo de viver dentro de portas. É então que Driver acaba por se envolver com uma mulher com um passado misterioso e com o seu filho (Kevin Hernandez), uma criança de apenas nove anos que se tornará na sua única esperança de sobrevivência. Uma comédia negra repleta de acção, realizada por Adrian Grunberg e que conta com argumento e produção do actor e realizador Mel Gibson.

Sinopses: Cinecartaz Público


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terça-feira, 5 de junho de 2012

Sindie 4 – Inside! Inside! Inside!





Sindie 4 tread everywhere from Wire’s concise punk to Roxy Music’s sophisticated touch of glam, from swirling organ-led psychedelia to hazy British Invasion. The trio turn their pocketful of influences into fiercely infectious art-rock gems with quick innovation. Originating from Chelyabinsk, Russia, Sindie 4 are currently unsigned. It must be out of preference; they’re one of the most exciting unsigned acts I’ve heard in some time. Their debut, Inside! Inside! Inside!, isn’t even ten minutes long, but manages to leave a lasting impression comparable to how the one or two-minute bursts of brilliance on early Wire albums – like Pink Flag and Chairs Missing – left an audible imprint.


One unique conceptual take is the infusion of Chelyabinsk, specifically the city’s sounds and atmosphere, into their music. The ominous industrial-tinged synth backing of “September”, along with its quickly trickling percussion and keys, would synchronize well with the bustling of the city’s square. Yet the concept is much more prominent is on a track like “The Hive”, with its blaring sirens and administrative PA output. On the vocal end, there’s a reoccurring bark from militaristic vocals, which aligns with furious yet tactful percussion that would fit well in a drum line. Here and throughout the album it makes sense that drummer Artem Loginovsky played in a military band with bassist Nikita Tyurin; their chemistry is evident, and the rhythm section’s importance on the album is impossible to overlook. Lead vocalist Anton Sheludko is a force in himself, with a presence similar to a Damo Suzuki or Mark E. Smith, but like all great post-punk acts the rhythmic collaboration is essential. And here, it’s a phenomenal one.


“September” divvies up the album appropriately, as the first half plays closer with elements of traditional Russian music and punk. The second half of “Biotechnologies” is particularly indicative of their Russian influence. Keys and brass combine for an exotic sound; keys drip over an ominous guitar reverb, the melody enchanting but also slightly unnerving. For a track barely over two minutes, the number of ideas here is remarkable. They’re all worthwhile ones too; the duration doesn’t allow for filler, and Sindie 4 are entirely aware of this. “Antisleep” is the album’s longest at three minutes, but its organ-led psychedelia warrants development, especially as it transitions into an exceptional chorus. Here sound is extremely similar to Edwyn Collins and Orange Juice, matching his emotional vibrato and resonating jangle.


Closer “Sorry Sindie” is a fun farewell in the vocal tradition of Nick Cave and Tom Waits, intertwined with bouncy art-rock in the more contemporary vein of Arctic Monkeys. Though not as distinctive as other efforts, it’s another success that manages to tout energy and creativity, even if some influences are impossible to mask. Sindie 4 are going to break out eventually. It’s just a matter of when. Another new album, that one being over ten minutes, would help. Using a solid debut like Inside! Inside! Inside! to work off of should make the process less daunting.


Download Inside! Inside! Inside here, or stream the tracks below:







RIYL: Wire, Edwyn Collins, Orange Juice, The Fall, Can, Kraftwerk

Posted originaly here

Poster da quinta e última temporada de "Breaking Bad"


Breaking Bad é capaz de ser a série que mais me agonizou e deixou desconfortável no recanto do sofá. Afinal de contas, a vida é muitas vezes uma sucessão de desconfortos, quando o que nós queríamos era nunca deixar a nossa zona de segurança. Mas, e ao longo destes últimos cinco anos, tenho assistido a uma série que nos deixa sozinhos na sala a lidar com as situações emocionalmente brutais pelas quais Walter e a sua família passam. Aguardo com muita expectativa esta última temporada...em que, agora que manda é o professor!


Esta será a última temporada da série protagonizada por Bryan Cranston, sendo que estreará a 15 de Julho com um primeiro bloco de oito episódios interrompido por um hiato que só terminará no Verão de 2013 com a exibição dos últimos oito episódios


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Imagens de Rooney Mara e Jude Law em "The Bitter Pill", de Steven Soderbergh

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Foram reveladas algumas imagens de Rooney Mara (The Girl with the Dragon Tattoo) e Jude Law (Contagion) nas filmagens de The Bitter Pill, próximo filme de Steven Soderbergh (Traffic):










The Bitter Pill segue uma mulher que começa a tomar medicação para controlar a ansiedade a respeito da futura libertação do marido da prisão onde está detido. Escrito por Scott Z. Burns (Contagion), o filme conta ainda com Channing Tatum (Haywire), Catherine Zeta-Jones (Traffic) eVinessa Shaw (Two Lovers).