terça-feira, 31 de março de 2009

Norte-americano Andrew Bird apresentará o álbum "Nobel Beast" em Portugal

O músico norte-americano Andrew Bird apresentará o álbum "Noble Beast" ao vivo em Portugal em dois concertos, anunciou a promotora Sons em Trânsito. O músico e compositor estará a 25 de Maio no cinema São Jorge, em Lisboa, e no dia seguinte no Theatro Circo de Braga, dois locais por onde passou em 2007.Entre Abril e Maio, Andrew Bird apresentará na Europa o álbum "Nobel Beast", no qual revela a mestria melódica de um assobio conjugada com sons orquestrais e guitarra acústica e eléctrica, na interpretação de composições que podem contar uma história ou não terem qualquer sentido. Quinto álbum a solo, "Noble Beast" apresenta temas como "Oh no", "Fitz and the Dizzyspells" e "Tenuousness". Com Andrew Bird tocam habitualmente Martin Dosh, Jeremy Ylvisaker e Mike Lewis. Além de "Noble Beast", Andrew Bird editou já "Music of Hair" (1996), "Weather Systems" (2003), "The Misterious Productions of Eggs" (2005) e "Armchair Apocrypha" (2007).

segunda-feira, 30 de março de 2009

Melhor música da saga Bond


Hoje toda a gente fala de Paul McCartney, mas, na altura, o single de James Bond estava creditado aos Wings. E ainda há muita gente que pensa que "Live And Let Die" é dos Guns and Roses...Pois bem, a cadeia britânica de discotecas HMV acaba de divulgar o resultado de uma sondagem que encomendou no sentido de saber qual o melhor tema dos filmes de James Bond.Os resultados não são surpreendentes:
01 - Live And Let Die - Wings
02 - Goldfinger - Shirley Bassey
03 - Diamonds Are Forever - Shirley Bassey
04 - Nobody Does It Better - Carly Simon
05 - James Bond Theme (Dr. No) - John Barry Seven and Orchestra
06 - We Have All The Time In The World - Louis Armstrong
07 - Golden Eye - Tina Turner
08 - View To A Kill - Duran Duran
09 - Living Daylights - A-Ha
10 - James Bond Theme - John Arnold
Colaboração de Paulo Tapadas
Publicada por ié-ié

domingo, 29 de março de 2009

Jimi Hendrix 'reality TV' style DVD on the way

A new DVD of Jimi Hendrix relaxing offstage and in between gigs is to be officially released by the late guitarist's estate.The candid footage was originally shot in 1969, when a camera crew followed Hendrix around for a month and captured the until-now unseen shots of him, reports The Guardian.The Hendrix estate, which looks after the iconic star's recordings and releases, will issue the DVD in conjunction with Universal Music Publishing Group.Meanwhile, an unreleased tape of 14 acoustic songs played by Hendrix is expected to sell for between £50 000 and £100 000 when it is auctioned this April.The tape features the guitarist playing and rehearsing songs that would appear on his 'Electric Ladyland' album in 1968.Hendrix himself gave the tape to his neighbour, Carl Niekirk, as a thank you for lending him some milk and sugar. Niekirk then gave the tape to his sister, who sold it for a nominal fee ten years ago to Mark Sutherland and Paul Jackson, who run east London's Cafe Music Studios, reports The Independent.After years of negotiations with the Hendrix estate, the duo have been allowed to sell the tape. It will be auctioned through the Fame Bureau on April 28.

sábado, 28 de março de 2009

Birds

Fascinada por Mitch Brenner (Rod Taylor) e na esperança de vir a ter direito a algo mais do que um simples agradecimento de circunstância, Melanie Daniels (Tippi Hedren) enfiou dois piriquitos numa gaiola, meteu-se no seu belo descapotável prateado (um raro Aston Martin DB2/4, de que só foram fabricados 157 exemplares) e zarpou para Bodega Bay, a uma centena de milhas a norte de S. Francisco.Mitch tinha-lhe dito, na véspera, que procurava esses passaritos para oferecer à sua irmã mais nova que fazia anos e Melanie tentaria, assim, "limpar-se" da pretensiosíssima imagem que nessa ocasião lhe tinha deixado na "petshop"...A partir daqui a "história" é conhecida e esses foram os primeiros dos muitos milhares de pássaros que nesse fim-de-semana iriam afluir a Bodega Bay...Outros dois "piriquitos" - eu e a Cristina! - também passaram porBodega Bay, como não poderia deixar de ser...A bela estrada que se vê no início do "The Birds" já não existe. Hitchcock não conseguiu autorização para fazer parar o trânsito de modo a filmar na Highway 1 e teve de contentar-se em filmar essa cena numa estrada rural secundária que, entretanto, desapareceu.Também a zona do restaurante "Tides", que no filme tem um papel importante, está completamente modificada. Aquele pedaço de estrada que no filme desce até à beira mar, já não existe.O "Tides" comeu tudo! Está multiplicado por dez e toda aquela zona está transformada num gigantesco "Centro Comercial", com parque de estacionamento a condizer...Mas bastante mais bem conservada está a pequena povoação de Bodega, um pouco mais para o interior. A escola, que tem um papel central no filme, está intacta, e o mesmo sucede com a Igreja de St. Teresa de Avila que fica mesmo ao lado, e cujas traseiras se deixam também aperceber no filme.Não sei se houve, ou não, algum problema com os representantes da Igreja locais (com eles não se brinca nos EUA...), mas não percebo como é que Hitchcock desaproveitou as potencialidades dramáticas da fachada desta Igreja. Imaginem só o efeito que não daria aquela igreja muito branca com o telhado polvilhado de corvos...Eu sei que a maioria dos amantes de Hitchcock não acha muita graça a"The Birds". Eu, que não sou amante dele, acho! E acho mesmo isso... Graça! Um piadão enorme, que começa logo com a campanha publicitária do corvo pendurado no charuto do Tio Alfred...Por falar em campanha publicitária, existe uma célebre fotografia de rodagem onde se veem todos os intervenientes no filme (actores, técnicos, pessoal de apoio, etc) de braço levantado em estilo de jura. Estão mesmo a jurar que nenhum deles dirá nada a ninguém acerca da forma como o filme acaba. Mais um golpe publicitário do Tio, claro está, já que o final, tirando o facto de ser, provavelmente, o mais plásticamente belo final de Hitchcok, não tem mais nada de especial...Ainda se sente em Bodega Bay o "peso turístico" do filme. Cartazes, livros à venda, um pouco de tudo. Talvez seja por causa disso que os hotéis são tão caros e foi seguramente por causa disto que os mandei bugiar e fui passar essa noite a Santa Rosa, outro importante lugar de Hitchcock ("Shadow of a Doubt").Mas descansem que, sobre esse, não há "pica"...!Colaboração de Luís Mira
Publicada por ié-ié em 19:00

sexta-feira, 27 de março de 2009

Neko Case ~ Middle Cyclone

Nos últimos anos vimo-la, sobretudo, dedicada ao trabalho com os New Pornographers, uma banda indie rock canadiana que nos deu já uma mão cheia de belos discos. Contudo, Neko Case não esgota a sua arte nem com os Ñew Pornographers nem apenas entre as fronteiras (vastas, é certo) dos domínios indie rock... A sua discografia abarca outros destinos e várias outras parcerias, ocasionalmente abrindo espaço para um novo disco a solo. Não acontecia desde 2006 (com uma gravação ao vivo editada em 2007, é verdade). Middle Ciclone assinala um regresso em boa forma num disco que, apesar de traduzir uma alma “country” vai muito para lá dos cânones de Nashville. Canções que reflectem sobre espaços rurais, a vastidão do olhar e as paisagens, os ventos, brotam numa encruzilhada onde, além das heranças country se convocam experiências indie e até mesmo marcas de assimilação de um rock clássico. Canções aparentemente frágeis, suportadas por uma voz que sabe o que diz e como o diz. Com Neko Case encontramos uma pequena família de convidados entre os quais Garth Hudson (The Band) e membros dos Calexico, Giant Sand ou Los Lobos. Um disco seguro nos originais, que captam as vivências das várias experiências de Neko Case. Interessante nas versões propostas, ora revisitando os Sparks (Never Turn Your Back On Mother Earth) ou Harry Nilsson (Don’t Forget Me). A expressão “força da natureza” tem sido comum em muitos dos textos críticos sobre Middle Ciclone. E faz sentido. Pela relação com o mundo natural onde estão as raizes das imagens destas canções. Pela alma livre de quem as compôs.Neko Case“Middle Cyclone”Anti / Popstock4 / 5Para ouvir: MySpace
Publicada por Nuno Galopim em : http://sound--vision.blogspot.com/

quinta-feira, 26 de março de 2009

The Knife ~ Fever Ray

Em 2006 o espantoso Silent Shout tirou a dupla sueca The Knife de uma condição de quase anonimato em que, ao terceiro disco, ainda viviam. O álbum revelou significativas mudanças na música da dupla de irmãos que constitui o grupo, propondo uma pop electrónica sombria, cinematográfica, num diálogo de raro entendimento entre o humano e o digital, entre os universos da música popular e os da arte conceptual, ideia amplificada depois na “experiência visual” que os acompanhou em palco e acabou documentada no disco (e DVD) ao vivo que editaram algum tempo mais tarde. E a seguir fez-se silêncio. Na verdade os Manos Olof e Karin têm trabalhado num projecto que verá a luz do dia mais para a frente, ainda este ano: uma ópera inspirada pela figura de Charles Darwin (Tomorrow In a Year, com estreia agendada para Novembro, em Copenhaga). Karin Andersson, a voz do grupo, colaborou entretanto com os Royksopp e dEUS. E entre o trabalho com o irmão para a ópera “darwinista” encontrou tempo para criar um conjunto coeso de canções, que agora edita como Fever Ray. O álbum, na verdade, é um descendente directo de Silent Shout, refreando o todavia desejo de manipular a voz e travando eventuais ímpetos rítmicos. É um disco igualmente assombrado, de melodismo em diálogo com as cenografias, à voz cabendo um protagonismo narrativo em histórias de solidão. Canções envolventes, apesar da atmosfera gélida que traduzem. Canções que caminham lentas, ganham familiaridade, libertam fantasmas, e criam gradual empatia com o ouvinte, num degelo que reconforta. ouvir: MySpace
Publicada por Nuno Galopim em : http://sound--vision.blogspot.com/

quarta-feira, 25 de março de 2009

Bob Dylan ~ Together Through Life


Esta é a capa do novo álbum de Bob Dylan, Together Through Life, que tem data de lançamento a 28 de Abril. O disco, como Dylan já explicou em entrevistas, surgiu depois de ter escrito uma canção para a banda sonora do filme My Own Love Story, de Olivier Dahan, tendo as restantes canções surgido logo depois. De certa maneira, o filme serviu como uma das fontes de inspiração. A capa, por sua vez, usa uma fotografia de 1959 de Bruce Davidson, da série Brooklyn’s Gang.

terça-feira, 24 de março de 2009

Gótico é Gótico!


Nunca fui seguidor de música gótica. Nem nunca percebi muito bem quais os requisitos precisos para apelidar de gótica uma determinada banda. Mas a verdade é que gosto muito de certos grupos conotados com o gótico dos anos 80: Bauhaus, The Cure, Sisters of Mercy, Siouxsie and the Banshees, ...Já o movimento actual de bandas góticas revivalistas não me diz rigorosamente nada: My Chemical Romance, These New Puritans, Marilyn Manson e quejandos (se bem que Marilyn Manson é outro fenómeno, e desse já gosto mais um bocadito. Para além do show Off a banda sabe fazer boa música).
Mas a verdade é que nenhum destes grupos alguma vez assumiu fazer música "gótica". As tentativas de catalogações acabam sempre por lançar fumo e confusão. E o que interessa mesmo é a música. Seja como for, o New Musical Express arriscou e seleccionou aqueles que considera os 20 melhores temas do rock gótico. Há aqui excelentes músicas, mas não sei o que fazem nesta lista os Interpol ou os Manic Street Preachers, nem percebo porque é que um tema como "Atmosphere" dos Joy Division é considerado o melhor tema de sempre. Ver aqui. (adaptado de: http://ohomemquesabiademasiado.blogspot.com/)
The Beautiful People (Live in Koln)

domingo, 22 de março de 2009


Rob Spence é um realizador e produtor canadiano. Nunca fez nada de relevante no passado para ser reconhecido, mas pelos vistos, vai fazer. Rob Spence perdeu um olho quando tinha 13 anos devido a um disparo fortuito de uma arma de fogo. Teve de remover o olho ferido e colocar um de cristal. Agora tem 36 anos e tomou uma decisão que pode mudar a sua vida: reuniu uma equipa de engenheiros e médicos com o objectivo de elaborar uma prótese ocular que consiga incorporar uma mini-câmara. Essa mini-câmara será composta por um microship capaz de filmar e transmitir tudo o que vê.
Com as imagens recolhidas por essa espécie de olho robótico (chama-lhe "Eyeborg"), Rob Spence pretende fazer o primeiro documentário filmado com uma prótese ocular. O realizador quer, de igual modo, denunciar a fragilidade do direito à privacidade numa sociedade onde aumenta a vigilância global e tecnológica (imagino o que não fariam os serviços secretos de todo o mundo com um dispositivo como este para fins de espionagem internacional - e não só). Há um ano, escrevi sobre o artista cibernético Stelarc, que implantou uma orelha no braço com fins estético-tecnológicos. O caso do realizador canadiano, apesar de algumas semelhanças com o do Stelarc, tem contornos e fins distintos. O "olho-câmara de filmar" de Spence parece inaugurar uma era na qual o corpo humano se transforma, à custa da tecnologia, numa espécie de humanóide (ou cyborg).
Nos anos 20 do século XX, o realizador de vanguarda russo Dziga Vertov inventou o conceito "Kino-Glaz", ou "Cine-Olho": a câmara funciona como terceiro órgão ocular, instrumento que complementa o olho orgânico. Foi com a teoria do "Cine-Olho" que Vertov captou a realidade tal como ela era, filmando obras como "O Homem da Câmara de Filmar". Agora, Rob Spence, está a um passo de materializar, em termos absolutos e teóricos, o desejo do cineasta russo. Ou seja, um dia veremos na sala de cinema um documentário filmado integralmente por um "olho".
Rob Spence tem um blogue - Eyeborg.


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sábado, 21 de março de 2009

Macgyver


Lembro-me bem: estávamos em 1986, 87. Por aí. Não perdia um episódio, antes mesmo de fazer os trabalhos de casa escolares. Passava aos sábados à tarde na RTP, num tempo em que não tinha concorrência do tele-lixo dos canais privados. "MacGyver" era uma série de ficção exemplar. Um entretenimento televisivo que voava à frente do espectador. Longe da banalidade repetitiva e artificial da série "Knight Rider" com o canastrão David Hasselhoff, "MacGyver" era sempre uma fonte de surpresa e imprevisibilidade. As aventuras do agente secreto da Fundação Phoenix, que detestava armas de fogo, violência gratuita, e revelava grandes conhecimentos de química e física, tinham o condão de ser sempre diferentes e entusiasmantes. Sobretudo pela forma como conseguia desenvencilhar-se das situações mais complexas recorrendo aos objectos mais inofensivos (para construir uma bomba, por exemplo) - uma pastilha elástica, um clip, um elástico, uma esferográfica, uma pequena ferramenta, bastavam para MacGyver escapar de qualquer aperto. Por isso, era sempre interessante ver a inteligência e as soluções engenhosas que MacGyver punha em prática a cada novo episódio da série.Richard Dean Anderson, o actor que encarnou durante cerca de sete anos o papel do mítico MacGyver, tornou-se um dos actores televisivos mais carismáticos e conhecidos da década de 80 e a série facilmente se transformou num ícone da cultura popular dessa década. Soube-se agora, através do "Hollywood Reporter", que a New Line, com Raffaella De Laurentiis (filha de Dino De Laurentiis) ao leme, está a desenvolver o projecto de transformação da série num filme. Ainda não há realizador, nem argumento ou elenco (sempre estou curioso para ver qual o actor que irá interpretar MacGyver). No entanto, não deixo de ter sempre reserva quando uma série de culto do imaginário televisivo popular passa para o grande ecrã. Há sempre riscos inerentes de desvirtuar o conceito do produto original.
Por causa desta notícia, fiz uma breve pesquisa sobre a série e o Google devolveu-me mais de seis milhões de resultados. Mesmo considerando que nem todos se referem à série, convenhamos que é um número que atesta o interesse que ainda hoje "MacGyver" desperta. Há até vários sites e fóruns de fãs que disponibilizam toda a informação sobre o herói televisivo dos 80, como este excelente "MacGyver Online". Está lá tudo para quem quer saber tudo sobre MacGyver. Como saber qual o tipo de blusão usado pelo agente secreto, ou porque é que nunca apareceu na série com uma namorada.

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sexta-feira, 20 de março de 2009

Musica/cinema


Sabendo do meu interesse pelo tema da relação entre o cinema e a música, um amigo alertou-me para um trabalho académico que aborda a música no cinema de Gus Van Sant, mais propriamente, da chamada "Trilogia da Morte": "Gerry" (2002), "Elephant" (2003) e "Last Days" (2005). A referida tese tem por sugestivo título "Significação Musical e Definição de Espaços Cinematográficos: Trilogia da Morte de Gus Van Sant", é da autoria de Helder Gonçalves e foi publicada na Universidade Nova de Lisboa. Não é nenhuma tese de mestrado ou doutoramento nem revela ao mundo novidades insuspeitas no cinema de Van Sant, mas é um trabalho perfeitamente digno e interessante pela forma como explora e analisa as relações estéticas que o realizador estabelece entre a música e os seus filmes, como no espantoso "Gerry".
Acho apenas estranho que, em todo o trabalho não se cite, uma única vez, a determinante influência do cineasta húngaro Béla Tarr na trilogia de Van Sant, dado que a linguagem visual e narrativa dos três filmes devem, em grandíssima medida, ao cinema maior de Tarr (realizador para quem a música é também elemento fulcral na sua arte). O documento em formato PDF pode ser descarregado directamente aqui http://ohomemquesabiademasiado.blogspot.com/
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quinta-feira, 19 de março de 2009

Eels : Hombre Lobo

Os Eels preparam-se para lançar um novo disco no próximo mês de Junho. O álbum, o sétimo na conta da banda, chama-se "Hombre Lobo" e chega às lojas no dia 2 de Junho, com 12 temas no seu alinhamento. Este é o sucessor de "Blinking Lights and Other Revelations", de 2005.Os Eeels surgiram na era pós-grunge, ao fazerem pequenos concertos em clubes de Los Angeles. O vocalista e guitarrista Mark Everett, juntamente com o baixista Tommy Walter e o baterista Butch Norton, depois de se conhecerem no clube Mint Room, durante uma jam session, cativaram a atenção da cena nocturna na cidade. A editora DreamWorks fez a proposta para um contrato e assim foi editado o primeiro álbum, "Beautiful Freak", em 1996. O som dos Eels era na época definido como algo entre o hip-hop, o jazz e o grunge, entre outros estilos e compostos. Foi esta mistura de categorias que lhes deu estatuto. O álbum, segundo o mentor do grupo, é a expressão em música da celebração da diferença, contemplando e dando um lugar à beleza de todos aqueles que são considerados "fora do comum". As composições dos Eels cedo se viram influenciadas pelos dissabores de vida do vocalista, que partiu para a Califórnia depois do suicídio de uma irmã. Antes, a sua infância não tinha sido propriamente feliz, com um caminho nas drogas duras desde tenra idade. "Electro-Shock Blues" foi o segundo longa duração editado, com claros reflexos desses períodos negros, por vezes com referências feitas em temas como "Elisabeth On The Bathroom Floor", "My Descent Into Madness" e "Going To Your Funeral". Antes da digressão promocional do segundo álbum, o baixista Tommy Walter deixou a banda.Dois anos depois, em 2000, os Eels editam "Daisies Of The Galaxy". O álbum perpetua o carácter introspectivo das composições de Mark Everett na obra dos Eels. A morte da mãe, no fim de 1998, constituiu mais um penoso marco para o vocalista e compositor. As criações expostas neste álbum têm, no entanto, um carácter mais leve comparativamente ao trabalho anterior. O disco contou com a participação de Grant Lee Phillips, dos Grant Lee Buffalo, no baixo e de Peter Buck, dos R.E.M., no piano e guitarra. A promoção do disco foi feita em digressão ao longo do ano 2000, com concertos em todo o mundo, entre os quais, nas primeiras partes de Fiona Apple. Em 2001, os Eels gravam "Souljacker", um disco directamente inspirado no assassino norte-americano que assombrou os EUA na década de 90, e que para além de matar as suas vítimas clamava que lhes roubava a alma.2003 marca a edição do álbum "Shootenanny!" (gravado em 10 dias) e a ruptura das relações entre Mark Everett e o baterista de sempre, Butch, que ocorre por razões monetárias.Em 2005, os Eels lançam o seu maior projecto de sempre: o álbum duplo "Blinking Lights and Other Revelations", com 33 faixas, e colaborações do guitarrista Peter Buck (R.E.M.) e de Tom Waits.

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quarta-feira, 18 de março de 2009

the blue or the red pill?

É um momento determinante em todo o filme "Matrix" (falo do primeiro filme da trilogia, porque os outros dois são dispensáveis): Morpheus (Laurence Fishburn) encontra-se com Neo (Keanu Reaves) para lhe explicar que o mundo no qual vive não é o mundo real e verdadeiro. Os humanos são meros escravos de um poderoso sistema de computadores designado Matrix que controla a mente humana. Morpheus (não é em vão este nome, dado que é o Deus dos Sonhos na mitologia grega) dá a possibilidade a Neo de escolher entre tomar a pílula azul ou a vermelha. Tomando a azul, Neo voltará à sua ilusória e superficial vida; se optar pela pílula vermelha, conhecerá a verdade que está por detrás do mundo que julga ser real. Neo arrisca e opta pela pílula vermelha, conhecendo, finalmente, a complexa verdade por detrás do seu mundo de aparências. A partir deste simples enunciado entre a dicotomia do mundo real e do mundo ilusório ou aparente, levantam-se muitas leituras filosóficas e religiosas. Estas pílulas representam, também, uma metáfora da condição humana: o homem que se resigna de forma dogmática e aceita passivamente tudo o que existe à sua volta ou o homem que deseja libertar-se e conhecer a verdade absoluta das coisas e o acesso ao conhecimento?
Esta dualidade de universos apresentado em "Matrix" vai busca inspiração a vários quadrantes: a história "Alice no País das Maravilhas", na qual Alice tem de escolher entre beber o líquido azul ou vermelho; a "Alegoria da Caverna" de Platão, em que se prova que os homens podem viver no mundo das sombras julgando que representam a realidade das coisas; e a teoria pós-moderna do ensaísta e filósofo francês Jean Beaudrillard, a qual estipula que vivemos num mundo de "Simulacros e Simulação". Os próprios irmãos Wachwoski, realizadores da trilogia "Matrix", confessaram a grande influência do filósofo francês na conceptualização do filme.
Perante isto, a questão que coloco a mim mesmo (e aos leitores) é esta: e se este mundo, de uma forma ou de outra, não é mais do que uma espécie de "Matrix" global e eu tivesse que optar por ingerir a pílula azul ou a vermelha, qual escolheria? De caras: a vermelha.


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terça-feira, 17 de março de 2009

Nirvana ~ fim dos inéditos

Já não existem mais inéditos dos Nirvana por editar. Quem o diz é o ex-baixista da banda, Krist Novoselic. «Não há mais inéditos dos Nirvana. Já não vai haver mais nenhum disco. Apenas existe vídeo. Muito vídeo», comentou Novoselic numa entrevista para agrupar a história do grupo, com vista ao arquivo pelo Washington State's Legacy Project.Na mesma conversa, o baixista não especificou o conteúdo dos vídeos nem se há algum plano para vir a comercializá-los, mas aproveitou para dizer que reatou as boas relações com Courtney Love, a viúva de Kurt Cobain. Recorde-se que no início do século, Novoselic e Dave Grohl (ex-baterista) entraram em conflito com Love sobre a melhor maneira de editar o último inédito dos Nirvana a ser mostrado até agora, 'You Know You're Right'. A canção acabou por integrar a compilação de 2002, "Nirvana" e a edição de luxo "With The Lights Out", de 2004. As entrevistas ao ex-músico e agora activista político, resultaram em 89 páginas com transcrições, nas quais Novoselic discorre sobre a sua infância e início da banda, bem como o seu arrependimento por não ter feito mais para evitar a morte de Kurt Cobain em 1994, músico a quem chama de «génio». «Existe sempre algum rancor. Algum arrependimento. Eu estava zangado na altura. Foi um desperdício. Vocês sabem, foram as drogas. Foi terrível. O Kurt ligou-me no dia em que experimentou pela primeira vez heroína, para dizer que o tinha feito. Eu disse-lhe 'Não faças isso. Estás a brincar com o fogo'», disse Novoselic.

segunda-feira, 16 de março de 2009

The Gift Machine ~ Another good surprise

The term “musical entrepreneur” would seem to apply well to Dave Matthies, but he would likely take none of the credit. Over the past decade, Matthies has been a constant force in positively impacting the ability of other artists. He has flown under the radar in providing significant contributions to reputable artists like Phil Elverum (the Microphones, Mt. Eerie), Karl Blau, and Steve Moore (Laura Veirs, Mount Analog, Stembo), taking on various tasks that include producer, engineer, and performer in order to aid fellow talented musicians and get his ideas heard. Despite his impressive resume though, many still are unaware that he is very capable songwriter in his own right with a wide array of differing releases. Under the name of The Gift Machine, he has taken an interesting approach in using his variety of connections within the industry to enlist a wide array of talented collaborators to make each one of his releases enjoyable and uniquely memorable. In his releases under The Gift Machine, Matthies has never been particularly unconventional or experimental in his approach, often opting for the enjoyable three-minute pop song over the epically orchestrated vein of indie-rock. With his deeply solemn voice and ability to turn a simplistic melody into one that becomes unavoidably engrained in a listener’s head, his experience in the music industry has certainly allowed him to capitalize on his strengths.
As he alternates between living in Washington and California, Matthies is prominent among Washingtonians for being the owner of Vibe Control Studio, an ex-police/fire station that was turned into a recording studio. In addition to the variety of camps that were offered at the studio for aspiring musicians that wanted to know the basics of production, the studio has hosted everyone from Phil Elverum to Karl Blau, both of whom have engineered their own albums in the facility. As it makes sense since Matthies runs it, Vibe Control Studios is also the location of The Gift Machine’s recordings. Considering that he runs a respectable studio, it may seem surprising that Matthies’ new album, Goodbye/Goodluck, is the first of five releases that will actually reach the general public. The method of releasing Matthies’ past material – three full-lengths and two EPs – was basically where he gave a few copies to friends, associates, and fans at shows and was content. After all, Matthies strikes many as a musician/producer/engineer who is in it for the art form, not for the money or glory. And on Goodbye/Goodluck, these sentiments are more visible than ever. Even though Matthies is releasing this nationally through a label for the first time, he likely understands that the fantastic quality of this record has the potential to stimulate the artistic senses of those that listen to it.

Like all of his prior releases, Matthies has placed the aspect of collaboration as a high priority. He is the sole songwriter and creative engineer on the majority of songs on Goodbye/Goodluck, but the infusion of collaboration plays a heavy role on the eventual style presented on the album. Here, Matthies has enlisted the graceful vocals of Andrea Gruber. She sings in unison with Matthies nearly on every track, resulting in a beautiful male-female duet in a type of which we have all heard before, but Matthies plays with the vocal approach so well that it feels new and invigorating. This can be attributed to his style, which is a suave and subtly infectious form of pop music with audible references to psychedelia and surf-rock. The songs never appear overwhelming with their soft percussion, whimsy keys, or acoustic guitars at the forefront, but Matthies’ greatest strength appears to be his ability to make each track structurally cohesive. The melodies always start out simple, but Matthies employs a variety of hooks and melodic alterations to supplement simplicity in the best way possible. This is particularly evident on the delightful “In the Middle”, where Matthies and Gruber show off an excellent vocal contrast in Matthies’ warmly musky grumbles and Gruber’s angelically high-pitched delivery. That their contrasting voices work so well together is part of the song’s allure, but it is not the only reason for song’s satisfactory nature.
“In the Middle” begins straightforwardly with a very restrained organ and frail rhythm section, but the song serves as the perfect example of The Gift Machine’s tendency to expand upon simple pleasures. When the strum of an acoustic guitar signals the emergence of an electric guitar, the intensity in both of their voices increases before Gruber harmonizes with the backing instrumentation on her own. By the time the song ends, it will likely be hard to turn away from The Gift Machine now. Matthies’ lyrics are in the first-person on every track apart from “What Do You Require”, an apt choice considering the very personable nature of the instrumentation. The verses often take on the format of a haiku, connecting small and simple sentences together to craft something thought-provoking and genuine. The self-titled track is also indicative of the developmental nature of The Gift Machine, as what begins as little more than a single acoustical guitar eventually evolves into something with slide guitars, keys, and some clever harmonizing.
Basically, what these songs should provide is an example of why listeners should give The Gift Machine the time they deserve. Their songs may not grab you instantaneously, but listening to each song in its entirety will almost certainly reward the listener. For instance, “It Had to Be You” may even sound a bit clumsy during its first minute or so, but as it evolves the unique nature of the song results in an unpredictable and highly enjoyable effort. It is particularly impressive toward its instrumental conclusion, where a bunch of twinkling keys form over a key progression to establish a twee-pop type of feel. Goodbye/Goodluck is now available via KNW-YR-OWN Records, a Washington-based label that Matthies helped form. It is just one of the many achievements that he has to his name. Despite all of them though, Goodbye/Goodluck is of such a high quality that it may be his finest to date.

domingo, 15 de março de 2009

http://www.musica.com/

Link muito interessante. Vídeo da música e letra a acompanhar.

http://www.musica.com/

Gimme Some Truth - The Making of John Lennon's Imagine Album



1971’s Imagine isn’t John Lennon’s best album, but it remains his most famous. 1970’s Plastic Ono Band was Lennon’s first full musical album as a solo artist, and it’s easily his finest work. He and wife Yoko Ono created some very experimental releases like 1969’s The Wedding Album and he put out some excellent singles like “Cold Turkey” and “Instant Karma!”, but John didn’t produce a full rock LP until POB.
It proved to be a difficult record to top. POB came during a period of severe introspection for John and he tried to exorcise many demons with it. POB remains likely the most personal album from any former Beatle, and it’s also arguably the best of the bunch.
By Imagine, John had mellowed a little, and the record showed a gentler side. Actually, that’s not fair; POB had some quiet and lovely tunes like “Look At Me”. Nonetheless, Imagine came across as a sunnier album as a whole; it definitely had some harsh moments, but they didn’t dominate the proceedings as they had with POB.
It’s also a more accessible piece, largely thanks to the title tune. “Imagine” has become a verified classic and may well be the most-played of all solo Beatle tunes.
It’s an invaluable program for fans. We rarely see such candid and revealing glimpses of any musical artist, much less such a legendary one. From start to finish - which includes a demo version of “Look At Me”, by the way - Truth is a joy to watch.



SCREENSHOTS


sexta-feira, 13 de março de 2009

Jimi Hendrix: The Uncut Story



With the blessings of Jimi's biological family and many of his closest friends, Passport brings the life of Jimi Hendrix to light as never before. From his upbringing in Seattle to his final days in London, JIMI HENDRIX: THE UNCUT STORY goes beyond all previously released documentaries to explore the complete life-story behind the legendary artist.

1942-1961
The first part of this three-episode series takes us through Jimi's life in Seattle, Washington where he spent two-thirds of his twenty-seven years. Through the recollection of his closest friends and family, we enter into the inner world of Jimi's childhood upbringing. This is where we come to know the people and events that would shape his love for music and define the extraordinary man he would become.

1961-1967
After Jimi's stint in the army, we join him as a sideman on the Chitlin' Circuit playing behind some of the greatest names in R&B. After following Jimi to New York, we head off to the UK where Jimi Hendrix became the toast of swinging London virtually overnight. Hear directly from the British rock stars and scenesters who witnessed Jimi's musical coup d'état firsthand. Then follow the Jimi Hendrix Experience on their way to becoming the hottest rock trio on the world stage.

1967 - 1970
Part three highlights the culmination of Jimi's musical career. It was the peak of the counter-culture era and the world was changing at an incredible pace. Jimi's music and lifestyle were no exception. Here is where we follow Jimi to the height of his creative powers, both in the studio and on the road?only to watch it all come crashing down upon him. Through exclusive interviews, we get the facts behind Jimi's demise and examine the events surrounding his controversial death. But more than that - we come to know the spiritual message behind Jimi's work and celebrate the final stage of his life in music.

THE PRODUCTION IS NEITHER ENDORSED NOR AUTHORIZED BY JAMES MARSHALL HENDRIX FOUNDATION

IT IS NEITHER ENDORSED NOR AUTHORIZED BY EXPERIENCE HENDRIX, LLC.

THIS DVD DOES NOT CONTAIN MUSIC OR PERFORMANCES BY JIMI HENDRIX.

available at http://docuwiki.net/index.php?title=Jimi_Hendrix:_The_Uncut_Story

quinta-feira, 12 de março de 2009

u2 ~ concertos



Os U2 revelaram já as primeiras datas para a sua nova digressão, a 360 Tour. O nome da digressão sugere o facto da visão do público sobre o palco ser de, precisamente, 360 graus, com som e imagens projectadas em todos os sentidos (como se vê na imagem). O arquitecto Mark Fisher, que trabalhou com os U2 na concepção dos palcos das digressões Zoo TV, PopMart, Elevation e Vertigo, é novamente o responsável pela criação dos espaços cénicos. A digressão arranca a 30 de Junho no Nou Camp, em Barcelona. Seguem-se depois concertos em Itália, França, Alemanha, Holanda, Irlanda, Suécia, Polónia, Croácia, Reino Unido, EUA e Canadá. Mais datas serão brevemente anunciadas.

Site oficial da digressão aqui

Melhor Álbum dos U2


O Blog Sound + Vision que visito com regular frequência fez um inquérito aos visitantes do site sobre qual seria o melhor álbum dos U2. Sem nenhuma surpresa minha foi eleito o Achtung Baby de 1991. É para mim o melhor e dos melhores a um nível artístico. A começar pela capa e acessórios, letras que mais parecem poesias de um poeta maldito à beira da ruptura e um novo som que se demarca e abre horizontes para os fantásticos anos noventas e a sua música dita independente. Transcrevo o texto do blog que referi:

Achtung Baby (1991), a aventura berlinense dos U2, foi eleito o melhor álbum de estúdio da banda de Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen, Jr. — essa foi a escolha maioritária dos 429 visitantes do Sound + Vision que responderam ao nosso inquérito. Achtung Baby foi citado por 169 dos votantes; o novo No Line on the Horizon recolheu 5 votos.Vale a pena referir que quase 80 por cento dos votos se concentraram em apenas quatro (dos doze) álbuns: Achtung Baby (39%), The Joshua Tree (20%), Zooropa (10%) e The Unforgettable Fire (10%).A seguir ficaram: Boy (5%), October (3%), War (3%), Pop (2%), All That You Can't Live Behind (2%), No Line on the Horizon (1%), Rattle an Hum (menos de 1%) e How to Dismantle an Atomic Bomb (menos de 1%).

quarta-feira, 11 de março de 2009

Watchmen

Lembremos o óbvio: a complexidade estrutural e a riqueza temática de Watchmen, de Allan Moore/Dave Gibbons, tornava qualquer adaptação cinematográfica um projecto "carente" — como transpor tão notável intensidade criativa?
O mínimo que se pode dizer sobre o filme agora estreado — Os Guardiões, de Zack Snyder — é que predomina nele o bom senso de não se querer "substituir" à BD, optando por construir um espectáculo genuinamente cinematográfico cuja raiz está na exploração das virtualidades (no duplo sentido da palavra: potencialidades & e recursos de imagem virtual) do espaço do estúdio. Nesta perspectiva, é inevitável sublinhar que Os Guardiões prolonga a estratégia técnico/narrativa que Snyder já explorara com igual felicidade em 300 (adaptando outra novela gráfica, neste caso de Frank Miller).
Além do mais, esta visão cinematográfica de um passado fictício (1985, com Richard Nixon a cumprir um terceiro mandato como Presidente dos EUA) preserva uma mágoa essencial: a de um tempo de profunda descrença política em que todos, incluindo os super-heróis, se vêem forçados a reavaliar as suas crenças e a discutir as suas certezas. Um passado, enfim, muito presente.
Publicada por João Lopes em: http://sound--vision.blogspot.com/


terça-feira, 10 de março de 2009

Uma pérola chamada Janis

Logo a abrir, num documentário da BBC sobre Janis Joplin, pode ouvir-se: “Antes de Janis Joplin, nenhuma mulher branca cantava assim”.
Exagero?
Vamos admitir que sim, mas por mim penso que não. Para Janis Joplin faltam adjectivos à altura. Ouve-se “Pearl”, álbum publicado depois da sua morte, e que não poderia ter outro título, e pode concluir-se: puro génio!
Como todas as declarações de paixão poderei não estar certo, mas Janis Joplin é o que é.Há centenas e centenas de versões de “Summertime”, mas nenhuma como a de Janis, como também ninguém canta “Me And Bobby McGee" como ela e aquela gargalhada final em “Mercedes Benz”, “oh! Lord por que não me compras um Mercedes Benz?”, jamais se esquecerá.
Janis Joplin nasceu em 1943 em Port Arthur, uma pasmaceira perdida no meio do Texas.A mãe, como boa conservadora americana que era, queria que Janis fosse professora, casasse com um rapaz simples, tivesse filhos, que aos domingos ficasse em casa a fazer tartes de maçã.Mas Janis descobriu que sabia cantar e passou a querer ir longe, o mais longe possível.
Gostava de “blues” e cantava-os com energia, sensualidade, atrevimento, uma loucura extravagante, uma rebeldia cheia de inteligência.Os colegas de universidade chamavam-lhe “amante de pretos”, ela disse: “vão-se lixar” e voou para outras paragens.Sofreu com os homens que lhe apareceram na vida, Country Joe MacDonald portou-se particularmente mal –“ nobody is perfect” – mas Joplin só queria cantar e ter um pouco de paz. Contudo o álcool e as drogas apanharam-na na esquina mais próxima.
A mãe chegou a dizer-lhe que mais valia não ter nascido, mas estava escrito que ninguém a veria sentada no alpendre, ao cair da tarde, numa cadeira de baloiço a beber whisky e a contar histórias.Nunca controlou os sentimentos, considerava-se o máximo – e era! – só que o fardo apresentou-se demasiado pesado.Terá dito aos amigos: “Nunca chegarei aos trinta anos!”.
A 4 de Outubro de 1970, devido a uma overdose de heroína, foi encontrada morta num quarto de hotel. Tinha 27 anos. “Era cega mas agora vejo".A frase batida de que morre jovem os que os deuses amam.“De que serve beber? Posso beber toda a noite e continuar triste na manhã seguinte.
Dêem-me gin, bourbon, não interessa o que eu beba desde que me apague as mágoas".“No palco faço amor com mais de 25.000. pessoas e depois vou para casa sozinha”.“Trocaria todos os meus amanhãs por um único ontem”.Conheceu a angústia, o encantamento, a alegria.Acontece aos poetas.

segunda-feira, 9 de março de 2009

1967 Portugal Profundo : 2009 =?

PARLOPHONE - LMEP 1267 - edição portuguesa (1967)Penny Lane - Love You To - Strawberry Fields Forever - Tomorrow Never Knows
Este é o 24º disco dos Beatles editado em Portugal na década de 60 e, segundo creio - e Christoph Maus também - o único nacional que tem uma capa idêntica a outra editada no estrangeiro, neste caso em França.Em todo o caso, o alinhamento é diferente.
Atente-se ao que escreve Christoph Maus no seu volume "Beatles Worldwide II", Maus of Music Book Publishing, 2005:
One of the highlights of this book surely is the illustrated portuguese discography, as in this country, the Beatles singles and EPs were published in beautiful full-coloured picture sleeves.Turn to page 319 and have a lokk at them! I think you will agree that they are amongst the best in the world.
Mas Christoph Maus diz mais:
In the 1960s, Portugal was probably the poorest country in the western Europe. Therefore, one can only be amazed at the fact the records there were issued in such fine picture sleeves. Since the portuguese population numbered about six million at that time, of which only a small percentage would buy Beatles' records, they were pressed in small quantities and are rarely seen for sale today.

disponível em http://guedelhudos.blogspot.com/

domingo, 8 de março de 2009

Órfãos de Ian Curtis


Os anos New Order na Factory, versão revista e aumentada. De "órfãos" de Ian Curtis ao tecno de Ibiza. Leia a crítica BLITZ às últimas reedições da banda.

"Tinha sete minutos e meio, mas até a BBC Radio 1 encontrou espaço para "Blue Monday" no Verão de 1983" - assim começa o texto introdutório do livreto da reedição de Power, Corruption & Lies , segundo álbum dos New Order.

Dois anos antes, uma banda "órfã" de Ian Curtis, que se suicidara em Maio de 1980, transformava os Joy Division em New Order, mas mantinha o produtor, Martin Hannett, e um consequente cinzentismo sonoro apenas aqui e ali iluminado (veja-se a antítese entre "Ceremony" e "Dreams Never End"), o fantasma do passado ainda a pairar em Movement - o próprio título é mais Joy Division do que os próprios Joy Division.

Nesse Verão de 1983, acontece a emancipação sob a forma dos versos "How does it feel / to treat me like you do / When you've laid your hands upon me / And told me who you are" e diz-se agora que assim mudou a face da música de dança. Neil Tennant, dos Pet Shop Boys, terá considerado mudar de mister quando a ouviu pela primeira vez; Dave Stewart, líder dos Eurythmics, mandou trabalho feito à malvas e recomeçou um álbum do zero. E os New Order, confortáveis com a eficácia suprema do formato single, não chegaram a incluí-la no álbum que se seguiu. "Blue Monday", já que perguntam.
Pejado de sintetizadores, Power Corruption & Lies começou nos clubes nova-iorquinos e prosseguiu na discoteca Haçienda, o tubo de ensaio da Factory do "rock impresario" Tony Wilson. A "epifania", como lhe chama Bernard Sumner, resultou em canções distantes da new wave vigente, mais próximas de uma visão de futuro.

Dois anos depois, Low-Life é a consumação do "pecado", estocada final na filiação pós-punk com "The Perfect Kiss" a fazer as vezes de "Blue Monday" e "Shellshock" a furar o mainstream norte-americano, cortesia da banda-sonora de Pretty In Pink , de John Hughes. A "banda estranha que toca música comercial" estava, finalmente, alinhada com o "momentum" que criou.
Em 1986, ano em que os Pet Shop Boys editam o primeiro álbum - e fazem "lots of money" com "West End Girls" e, claro, "Suburbia" - , os New Order reintroduzem a guitarra como forma motriz e esboçam o seu álbum mais pop até à data. Brotherhood populariza as linhas de baixo de Peter Hook que fizeram de Peter Hook praticamente um sinónimo (ou prolongamento) do instrumento que tocava ("Way of Life" e "Paradise" são exímios exemplos).

É, curiosamente, com um dos temas mais "hi-tech" que Brotherhood chega ao Olimpo: "Bizarre Love Triangle", melodia irresistível, arsenal electrónico de fazer inveja a Stock Aitken Waterman, aplicadores da estética hi-nrg em tecido de potencial pop (e fazedores de, entre outros, Kylie Minogue e, errr, Rick Astley).

Technique , três anos depois, poderia soar a música fora de tempo, mas caiu com estrondo em cima do emergente empreendimento acid-house. Quatro meses em estúdio mediterrânicos (Ibiza, pois) tiveram os seus custos: a Factory afundava-se em águas baleáricas numa festa sem limites que só resulta na gravação de um álbum por um triz.
As cinco reedições dos New Order na Factory - editadas pouco depois do 30 aniversário da editora, cada uma com CD extra destinado a versões 12", lados-B e singles avulso - revelam também o trabalho gráfico inconfundível de Peter Saville, um dos elos da intervenção artística da casa de Manchester.

E, nas entrelinhas, desvendam um rasto de desgraça: a Factory faliu, o produtor Martin Hannett faleceu em 1991, Rob Gretton (o manager dos Joy Division, New Order e co-fundador da Factory) desapareceu em 1999, Tony Wilson sucumbiu a um cancro em 2007, a Haçienda foi demolida. E os New Order chatearam-se e já não existem. O resto são cantigas.

Texto de: Luís Guerra disponível em www.blitz.aeiou.pt

sábado, 7 de março de 2009

Patti Smith ~ Dream of Life


Chegou aos ecrãs nacionais o filme Patti Smith: Dream Of Life, um olhar muito pessoal sobre uma das figuras mais marcantes da história da cultura rock’n’roll. Um documentário de Steven Sebring que, contudo, não se esgota na exploração dos mais de 30 anos de vida de palcos e discos de Patti Smith. Pelo contrário, o filme traduz antes a descoberta (pelo próprio realizador), da vida pessoal, familiar e também profissional de uma mulher que acompanhou, com uma pequena câmara, ao logo de 12 anos.Fotógrafo de profissão, Sebring procurou, além de um cunho pessoal na abordagem às histórias da história de Patti Smith, uma linguagem visual e narrativa que veiculasse o que nela mais o encantou: a poesia. A voz de Patti Smith e as suas palavras cruzam o tempo, evocam figuas e acontecimentos, lançam ideias. Os espaços visitados pela câmara vão desde o palco à sala de jantar dos pais, de quartos de hotel a passeios pela praia, num registo de intimidade invulgar, diluindo-se no ecrã as fronteiras entre o espaço pessoal e o profissional. E, como se de um refrão se tratasse, surge regularmente em cena o seu quarto, onde se espalham objectos, cada um com uma memória associada. Sam Shepard, Tom Verlaine, Philip Glass, Michael Stipe, Flea, são algumas das figuras que cruzam esta história. Nunca em entrevista, como é comum na linguagem “rocumentary”. Antes, integrados na acção em curso, a câmara estando ali apenas para escutar e ver o que aconteceu, como aconteceu (mais encecação, menos encenação). E assim abre uma porta que nos deixa ir para lá do ícone (e dos mitos que o estatuto comporta).

sexta-feira, 6 de março de 2009

Until The End of the Word

My songs!

Until the End of the World" is the fourth track from U2's 1991 album, Achtung Baby. The lyrics describe a conversation between Jesus Christ and Judas Iscariot.[1] The first verse discusses The Last Supper; the second is about Judas identifying Jesus with a kiss on the lips in the Garden of Gethsemane; and the final is about Judas' suicide after being overwhelmed with guilt and sadness.

The song is the 14th most frequently played song in concerts,[2] and has been played on every U2 tour since it debuted on Zoo TV Tour. The song frequently segues into New Year's Day. Only until the third leg of the Vertigo Tour did it not regularly secure a setlist position, having appeared occasionally as a part of the Zoo TV-themed encore. By the fourth and fifth legs it secured the usual set position it has occupied on tours past (before "New Year's Day"). It was played at an award ceremony when U2 won for Outstanding Contribution to Music at the BRIT Awards in 2001, along with "Beautiful Day", "One", and "Mysterious Ways". It was also performed when the band were inducted into the Rock and Roll Hall of Fame in 2005.

It has appeared on the concert DVD releases Zoo TV: Live from Sydney, PopMart: Live from Mexico City, Elevation 2001: Live from Boston and U2 Go Home: Live from Slane Castle. It also appeared on the CD and DVD versions of The Best of 1990-2000 compilation album. It was featured (in a different version) on the soundtrack to the movie Until the End of the World and also (once again in a different version) in the movie Entropy.

There was a video created for this song which appeared on the video release Achtung Baby: The Videos, The Cameos, and A Whole Lot of Interference from Zoo TV. However, it was never publicly released. There was also a live video composed of footage from two performances on the Outside Broadcast leg of the Zoo TV Tour, from Yankee Stadium and Houston, which appeared on The Best of 1990-2000 DVD.

Edge has always used a Gibson Les Paul to play this song. On the Zoo TV Tour, he used the Les Paul Custom. On the PopMart, Elevation and Vertigo Tours, he has used the Les Paul Standard Goldtop

Disco da UNCUT 04/2009

With Crippled Wings (Lift To Experience) - Smother + Evil = Hurt (Kisse Away Trail) - Your Protector (Fleet Foxes) - Master Of None (Beach House) - Bandits (Midlare) - Owl In The Dark (Stephanie Dosen) - Crooked Legs (Acorn) - Songs My Friends Taught Me (Laura Veirs) - Below It (Peter Broderick) - Anonanimal (Andrew Bird) - The Underwood Typewriter (Fionn Regan) - Great Waves (Dirty Three and Cat Power) - The Hymn (Czars) - Sister (Vetiver) - Your Hand In Mine (Explosions In The Sky)Esta é uma espécie de compilação da Bella Union, a editora dos Fleet Foxes.A Bella Union foi fundada em 1997 por Simon Raymonde e Robin Guthrie, ambos ex-Cocteau Twins, e tem a sua sede no complexo Eel Pie, de Pete Townshend, dos Who.

quinta-feira, 5 de março de 2009

The Republic Tigers

From the Missouri a new band their story begins after the break out of the The Golden Republic.
Ihave found them because of some songs from the series Grey's Anatomy. The group released their first full album, Keep Color, on May 6th, 2008. It includes the single Buildings and Mountains and 11 other songs of the same kind.

era uma rádio destas cá em Portugal

KCRW auto-intitula-se the leading public radio station
Vejam os convidados de luxo...desta rádio
Out On The Weekend (Girls In Hawaii) - I Go To Sleep (Sia) - Crazy In Love (Magic Numbers) - Creep (Damien Rice) - I Want A Little Sugar In My Bowl (Nikka Costa) - Fire And Rain (Dido) - Wishing On A Star (Paul Weller) - Harvest (Rufus Wainwright and Chris Stills) - Gentle On My Mind (REM) - Mad World (Gary Jules) - Knives Out (Flaming Lips) - Black Dog (Robert Plant) - Moses (Missy Higgins) - Let's Dance (M. Ward) - Hallelujah (KD Lang)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Segundo álbum dos U2 ~ este ano

Os U2 anunciaram a edição de um segundo álbum ainda este ano. A banda falou de um álbum mais “meditativo”, descrevendo-o como um disco “companheiro” do novo No Line On The Horizon. Questionado pelo New York Times sobre uma eventual operação fora do contexto de uma editora (no modelo Radiohead), The Edge deixou bem claro que a intenção dos U2 é a de continuar a trabalhar no registo actual…Sobre palcos, sabe-se que uma nova digressão vem a caminho, mas só em 2010 vai passar por Portugal.

terça-feira, 3 de março de 2009

On The Water

Existem músicas que justificam um álbum. Esta poderia ser um desses casos, não fosse o álbum estar recheado de pérolas como esta. De repente estamos em 1963 e ouço Bob Dylan em todo o lado. Já há uns dias que ouço incessantemente este disco e nunca me canso. Por isto a música é das melhores coisas que existem no planeta.

The Walkmen ~ On the Water


Alinhar ao centro

segunda-feira, 2 de março de 2009

Control




Os extras de um filme em DVD são sempre muito úteis para quem quiser compreender melhor as múltiplas vertentes da concepção de um filme: entrevistas aos actores e realizador, "making of", cenas cortadas, finais alternativos, e comentário áudio são as principais características dos extras. Há quem não tenha paciência para ver um comentário áudio porque implica visionar de novo o filme para ouvir as explicações do realizador sobre a feitura do filme. Não é o meu caso. Vejo sempre o comentário áudio do realizador porque ajuda a perceber determinados pormenores, curiosidades e opções estéticas do realizador.
Ontem vi os extras do filme "Control" de Anton Corbijn (pronuncia-se "Ánton Corbaine"). E no meio de muitos outros pormenores e curiosidades, fiquei a saber o seguinte:- Sam Riley (que interpreta Ian Curtis) passou várias noites em clínicas de cura de epilepsia para melhor compreender os sintomas e detalhes da doença.- A cena final de Deborah Curtis (a actriz Samantha Morton) a gritar desesperadamente na rua quando se apercebe do suicídio de Ian, foi uma das primeiras cenas a ser filmadas. Corbijn revela que Samantha Morton revelou grande domínio emocional para interpretar esta difícil cena logo no início das filmagens.- A maior parte dos figurantes que constituem a assistência dos concertos dos Joy Division são verdadeiros fãs actuais do grupo, recrutados pelo realizador em vários sites de devoção à banda de Ian Curtis. Este facto tornou mais exigente a interpretação de Sam Riley, uma vez que os figurantes eram verdadeiros fãs do grupo e não meros figurantes.- Numa das cenas finais de um concerto dos Joy Division (quando interpretam a canção "DeadSouls"), vê-se na primeira fila do público a filha de Ian Curtis, Natalie Curtis, vestida de punk, numa simbólica homenagem ao pai.- O filme foi filmado em película a cores e só depois transferido para preto e branco em formato 35m, uma vez que o preto e branco inicial tornava-se demasiado granulado.- Devido à formação de fotógrafo de Anton Corbijn, o próprio assume que o filme parece mais como uma sequência de fotografias do que propriamente uma montagem de planos em movimento (há de facto uma grande predominância de planos fixos).- As cenas do interior da casa de Ian e Deborah foram filmados em estúdio devido à exiguidade da verdadeira casa, na Barton Street de Macclesfielfd.- Os actores qu e interpretam os vários elementos da banda aprenderam a tocar os instrumentos em apenas 2 meses (só o actor Joe Henderson sabia tocar guitarra, mas ainda assim teve de aprender a tocar baixo para encarnar Peter Hook).- A guitarra eléctrica branca que Sam Riley segura aquando da filmagem do videoclip "Love Will Tear Us Apart" é a mesma guitarra que Ian Curtis tocou no videoclip original.- As letras do genérico do filme piscam (como uma lâmpada fraca a ascender aos soluços). A ideia foi criar uma analogia com os sintomas da epilepsia.- Não se vê no filme (sente-se, porém), mas Ian Curtis teve um ataque de choro compulsivo logo após o nascimento da sua filha Natalie - acontecimento que viria a agravar a sua depressão.- A namorada de Tony Wilson que surge no filme é Gillian Gilbert, mais tarde teclista dos New Order. No filme é interpretada pela gerente da empresa de Anton Corbijn.- Anton Corbijn assistiu na realidade a um dos ataques de epilepsia de Ian Curtis e foi o fotógrafo que documentou o videoclip "Love Will Tear us Apart".- O realizador refere que foi ele quem escolheu as canções dos Joy Division no filme. A mítica canção "Love Will Tear us Apart" ouve-se em "Control" quando surgem os primeiros sinais de ruptura entre Ian e Deborah. Corbijn menciona que é uma canção óbvia para essa situação, mas também o seria para qualquer outra, uma vez que o filme aborda, essencialmente, o tema do amor e da sua degenerescência (pessoalmente concordo com a opção).- Os três músicos dos actuais New Order (Hook, Moris, Summer) praticamente não contribuíram em nada para o filme e nem se encontraram com os actores que os interpretam. No entanto, gostaram muito do resultado final.- Apesar de ser moda no final dos ano 70 a colocação de posters e cartazes nas paredes dos quartos, a dado momento, Ian Curtis tirou todos os posters dos seus ídolos (Jim Morrison, Iggy Pop) e pintou as paredes com um azul celeste.- O fumo negro a sair da chaminé do crematório do cemitério foi colocado digitalmente.- O argumentista de "Control" encontrou-se durante um dia com a amante de Curtis, a belga Annick Honoré, para recolher informação para o filme.- Grande parte das filmagens foram realizadas na cidade de Nottingham, uma vez que se parece mais com a Manchester do final dos anos 70 do que a Manchester actual.- As actrizes Samantha Morton (Deborah Curtis) e Alexandra Maria Lara (Annick Honoré) foram as únicas actrizes que nunca se encontraram nas filmagens.- Segundo Corbijn, Ian Curtis nunca revelou claramente para onde pendia a sua relação amorosa. Na verdade, quer Deborah quer Honoré, ambas reclamam a paixão que Ian nutria por elas.- Apesar de Ian Curtis ter mantido uma relação amorosa com Annick Honoré, esta afirmou ao argumentista do filme que nunca tiveram relações sexuais.- Apesar de ter sido um filme com baixo orçamento e sobre um músico que se suicida de um grupo como os Joy Division, Anton Corbijn revela que nunca imaginou que "Control" viria a ser um sucesso de público e de crítica.
disponível em: http://ohomemquesabiademasiado.blogspot.com/search/label/Joy%20Division

Beatlestube


Ora bem... este site é daquelas maravilhas que a meu ver é necessário repetir com outras bandas. Temos aqui todo o espólio dos Beatles em Vídeo ( Youtube) com as respectivas letras. É um manancial de informação que nunca mais para. Desde o 1º concerto ao famoso último no telhado da Editora.

Para fans e não só!

Já agora haverá quem faça o mesmo para The Doors, Joy Division, Pink Floyd, The Velvet Underground,.... e taaantos outros.
PS: É só carregar no título da mensagem...

domingo, 1 de março de 2009

Clube dos 27


























É um fenómeno recorrente os ícones da cultura popular serem imortalizados quando morrem. Mesmo que sejam famosos e talentosos em vida, se morrerem jovens e, sobretudo, de causa trágica e misteriosa (suicídio, acidente, homicídio), é certo e sabido que se tornam ícones eternos no imaginário popular. O fenómeno só podia ter começado com uma arte de massas: o cinema. Rudolfo Valentino, primeiro ídolo do cinema mudo morreu aos 31 anos em 1926 e deixou em total histeria milhões de admiradoras (conta-se que várias mulheres cometeram suicídio devido ao desespero). Depois, foi James Dean que morreu vítima de um acidente de carro com 24 precoces anos, em 1955, imortalizando a sua figura como referência incontornável da cultura do século XX. De resto, foi com Dean que se incutiu no imaginário das estrelas pop a máxima : "live fast, die young and leave a good-looking corpse". Muitos levaram à risca esta filosofia de vida.
Mas seria a partir de 1969 que a morte de artistas famosos - nomeadamente músicos - tomaria um rumo verdadeiramente iconográfico. Começou em 1960 com a morte de Brian Jones (Rolling Stones), seguiu-se a morte de Jimi Hendrix e Janis Joplin em 1970. O líder carismático dos The Doors, Jim Morrison, morreria em circunstâncias misteriosas um ano depois. Este quarteto de mortes foi apelidado de "Clube 27" (nas imagens), pelo facto de todas estas figuras da música terem morrido com a idade de 27 anos. Mera coincidência?
Conta-se que foi um desejo mórbido de se juntar a este clube que o líder dos Nirvana, Kurt Cobain, se matou em 1994, também com 27 anos. Que insondável e misterioso desígnio se esconde por detrás deste fenómeno que leva à morte artistas populares como estes aos 27 anos? Apesar deste ser o quinteto mais famoso deste fatídico e mórbido clube, muitos outros artista/músicos se podiam incluir no rol dos falecidos com 27 anos. A saber:
- Pete de Freitas, guitarrista dos Echo and The Bunnymen
- Robert Johnson, guitarrista de blues
- Dave Alexander, baixista dos The Stooges
- Gary Thain, baixista dos Uriah Heep
- Kristen Pfaff, baixista das Hole
- Jeremy Michael Ward, músico dos The Mars Volta
- Mia Zapata, vocalista do grupo punk The Gits
- Ron McKernan, teclista dos Grateful Dead
- D. Boon, vocalsita do grupo punk Minutemen
- Rupert Brooke, poeta inglês
- Jean-Michel Basquiat, artista plástico
- Jonathan Gregory Brandis, actor americano
- (...)
Só Ian Curtis não quis esperar para entrar no "Clube 27" e, 4 anos antes de chegar a essa idade, cometeu suicídio. Mesmo não havendo nenhum "Clube 23" no qual pudesse estar representado, não é por este facto que o espírito do cantor dos Joy Division não vive no panteão mais alto dos ícones musicais de toda a história.