Win Butler, o homem forte dos Arcade Fire, foi desafiado pela Rolling Stone a fazer uma revisão sobre a última década da banda.Na entrevista Butler reflecte sobre a recusa do grupo em assinar contrato com uma editora grande, mesmo depois de conquistar a fama global. «O que fazemos agora não é muito diferente do que fazíamos quando nos juntámos para tocar em Montreal, por isso quero que a banda continue o mais fiel possível a esse período. Escrever e fazer música segundo as nossas próprias leis», comenta Butler.
Win Butler confessa que encara a popularidade dos Arcade Fire alcançada com o primeiro longa-duração, "Funeral", com a mesma surpresa com que o grupo percebeu que havia filas de pessoas à espera para entrar no primeiro concerto em nome próprio da banda na Sala Rosa, uma das míticas salas de concertos de Montreal. «Tudo o que tem nos tem acontecido tem sido uma espécie de extensão do choque dessa noite», diz Butler. Na altura, o que estava na moda em Montreal era fazer shoegaze e pensámos que a atitude mais punk seria fazer pop. Sentíamos então que cada vez que tocávamos, tínhamos que provar qualquer coisa. Dar tudo em palco. (...) Li que o Krist Novoselic [baixista dos Nirvana], no funeral do Kurt Cobain, comentou que 'a grande lição que o Kurt deu ao mundo, foi a de que se fazes música ou arte, e se o mostras com tudo o que tens, isso é realmente tudo o que precisas de fazer'. Tudo isto tem imenso efeito em mim. Resume o que é a minha atitude em relação à música», acrescenta o mentor dos Arcade Fire.
Curiosamente, Win Butler, que cresceu num ambiente propício à composição musical devido ao facto do avô ser músico profissional, confessa que assistiu a poucos concertos na adolescência, embora cite Radiohead e Björk como os artistas mais influentes quando era mais novo. Quanto ao caminho percorrido pelos Arcade Fire logo a seguir à edição de "Funeral", confessa que de vez em quando parava para se perguntar como «é que tudo aquilo lhes estava a acontecer», sobretudo quando conheceu David Byrne e David Bowie, ambos na mesma semana. «Foram das primeiras pessoas que assistiram aos nossos concertos em Nova Iorque. E depois vieram falar connosco. Foi espectacular. Foi tal e qual como conhecer dois grandes professores», comenta Butler.
Quanto ao futuro, o líder dos Arcade Fire afasta a possibilidade de fazer edições a solo, reafirmando a sua paixão pela banda. De momento, o grupo está a preparar o terceiro longa-duração e sucessor de "Neon Bible", um disco onde não deverão faltar os temas controversos, já que o grupo é um fiel defensor da música como meio para a mudança social: «acho que a maior parte dos artistas balança entre pensamentos introspectivos e exteriores. Temos os Clash como hérois. E antes deles Bruce Springsteen e Bob Dylan. As pessoas que mais admiro e que mais me desafiaram criativamente fazem este tipo de arte... O George Orwell por exemplo - autor de livros como "1984" e "O Triunfo dos Porcos" - é um dos meus heróis particulares. E todas as suas criações eram políticas. Ele próprio diz que toda a arte é política, não há como fugir».
Win Butler confessa que encara a popularidade dos Arcade Fire alcançada com o primeiro longa-duração, "Funeral", com a mesma surpresa com que o grupo percebeu que havia filas de pessoas à espera para entrar no primeiro concerto em nome próprio da banda na Sala Rosa, uma das míticas salas de concertos de Montreal. «Tudo o que tem nos tem acontecido tem sido uma espécie de extensão do choque dessa noite», diz Butler. Na altura, o que estava na moda em Montreal era fazer shoegaze e pensámos que a atitude mais punk seria fazer pop. Sentíamos então que cada vez que tocávamos, tínhamos que provar qualquer coisa. Dar tudo em palco. (...) Li que o Krist Novoselic [baixista dos Nirvana], no funeral do Kurt Cobain, comentou que 'a grande lição que o Kurt deu ao mundo, foi a de que se fazes música ou arte, e se o mostras com tudo o que tens, isso é realmente tudo o que precisas de fazer'. Tudo isto tem imenso efeito em mim. Resume o que é a minha atitude em relação à música», acrescenta o mentor dos Arcade Fire.
Curiosamente, Win Butler, que cresceu num ambiente propício à composição musical devido ao facto do avô ser músico profissional, confessa que assistiu a poucos concertos na adolescência, embora cite Radiohead e Björk como os artistas mais influentes quando era mais novo. Quanto ao caminho percorrido pelos Arcade Fire logo a seguir à edição de "Funeral", confessa que de vez em quando parava para se perguntar como «é que tudo aquilo lhes estava a acontecer», sobretudo quando conheceu David Byrne e David Bowie, ambos na mesma semana. «Foram das primeiras pessoas que assistiram aos nossos concertos em Nova Iorque. E depois vieram falar connosco. Foi espectacular. Foi tal e qual como conhecer dois grandes professores», comenta Butler.
Quanto ao futuro, o líder dos Arcade Fire afasta a possibilidade de fazer edições a solo, reafirmando a sua paixão pela banda. De momento, o grupo está a preparar o terceiro longa-duração e sucessor de "Neon Bible", um disco onde não deverão faltar os temas controversos, já que o grupo é um fiel defensor da música como meio para a mudança social: «acho que a maior parte dos artistas balança entre pensamentos introspectivos e exteriores. Temos os Clash como hérois. E antes deles Bruce Springsteen e Bob Dylan. As pessoas que mais admiro e que mais me desafiaram criativamente fazem este tipo de arte... O George Orwell por exemplo - autor de livros como "1984" e "O Triunfo dos Porcos" - é um dos meus heróis particulares. E todas as suas criações eram políticas. Ele próprio diz que toda a arte é política, não há como fugir».
2 comentários:
Estes Grammys são uma treta... Para mimnão têm valor nenhum! Os prémios nunca reflectiram o que de melhor se faz em cada uma das áreas premiadas. Longe Disso!!
Upps... o comentário anterior não era osbre este artigo... :) Passo tanto tempo a ler o teu blog que até me perco...
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