O afastamento de Syd Barrett dos Pink Floyd não representou um imediato ponto final na sua carreira na música. Ainda em 1968, Barrett registou uma série de sessões, que todavia deixou incompletas. Retomado mais tarde, o trabalho do qual nasceria o primeiro álbum a solo de Syd Barrett envolveu músicos dos Soft Machine e Humble Pie, trabalhando estes sobre esboços e maquetes para voz e guitarra gravados pelo ex-Pink Floyd. Roger Waters e David Gilmour chegaram também a colaborar na etapa final da produção de um álbum que acabaria editado em Janeiro de 1970. É um disco assombrado, belo, frágil. E em tudo herdeiro das mesmas visões que, três anos antes, haviam gerado os melhores momentos de toda a obra dos Pink Floyd, mas caminhando agora por caminhos mais sombrios. 40 anos depois, a evocação de The Madcap Laughs (e da figura e obra de Syd Barrett) são justificado tema de capa da mais recente edição da Mojo.
Os 40 anos da edição de The Madcap Laughs geraram não apenas um dossier alargado na mais recente edição da revista Mojo (capa ao lado), como foi ponto de partida para a criação de mais um disco de tributo, na mesma linha dos que, nos tempos mais recentes, esta publicação britânica dedicou a álbuns como Abbey Road, dos Beatles, ou The Wall, dos Pink Floyd. Com o título The Madcap Laughs Again, o disco de tributo revisita na íntegra o álbum de Syd Barrett, entregando cada um dos temas a um nome diferente. Assim, entre outras, aqui contamos com versões de Terrapin pelo colectivo Field Music, No Good Trying por J Mascis, Dark Globe pelos R.E.M., Octopus por Captain Sensible, Golden Hair por Hope Sandoval com os The Warm Intentions, Feel por Cate Le Bom, Late Night por Marc Almond ou ainda Gark Globe (em segunda leitura, esta gravada ao vivo), por Robyn Hitchcock.
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