Que havia a reinventar? Pois bem, antes do mais a própria herança cinematográfica de Alice no País das Maravilhas, por assim dizer consensada na versão de 1951, produto menor da animação dos estúdios Disney. Tim Burton trabalha também com a fábrica Disney e consegue o compromisso — e a proeza — de integrar as exigências do momento (o 3D) sem alienar as componentes básicas do seu universo e da sua temática nuclear: o artifício de qualquer ordem e a consequente possibilidade de uma ordem gerar sempre uma outra ordem [encontramos uma boa apresentação de tal dinâmica em artigo de Larry Rohter, no New York Times].Primeiro detalhe a ter em conta: a "promoção" de Alice, de menina mais ou menos deslumbrada pelos jogos da imaginação a jovem mulher, exemplarmente corporizada por esse misto de serenidade e obstinação que Mia Wazikowska coloca em cena ("este é o meu sonho") — estreia no dia 4.
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