Os Blur confirmaram que não só vão voltar a ensaiar como também regressar aos palcos. Na primeira entrevista conjunta do vocalista Damon Albarn e o guitarrista Graham Coxon em mais de 5 anos, os britânicos revelaram que até já têm um concerto marcado, no Hyde Park de Londres, em Julho do próximo ano. Os dois músicos não revelaram mais datas mas deixaram a entender que vão percorrer vários palcos no Reino Unido.Fica por saber se a banda de 'Parklife' também regressa às edições. O último disco dos Blur foi "Think Tank" de 2003, registo já editado sem Coxon na formação e por isso não creditado no disco, apesar de ter participado nas gravações.Em 1989, quando Damon Albarn (voz, teclas) e Graham Coxon (guitarra), colegas de coro e de colégio, se juntaram a Alex James (baixo) e Dave Rowntree (bateria), nasceu uma banda com o nome de Seymour. Alguns concertos e uma pequena demo foram suficientes para que assinassem um contrato com a editora Food Records e mudassem o nome para Blur. De início ligados à cena da desaparecida brit pop, são hoje quase sempre associados ao estilo mais alternativo do pop. As acrobáticas experiências no punk e no rock mostraram-se essenciais à viragem, tal como a colaboração com o produtor Stephen Street. "Leisure", primeiro álbum, de 1991, do qual foram extraídos os singles "She's So High" e "There's No Other Way", foi identificado pelos críticos como apenas mais um disco de pop, igual a muitos na altura. O insucesso comercial do single "Pop Scene", em 1992, eclipsado pelo crescendo do grunge e pouco identificado com a pop britânica, não demoveu os Blur de, passado ano e meio, surgirem com novo conjunto de originais, "Modern Life Is Rubbish". O registo de acordes punk e as palavras de Damon Albarn marcaram a diferença dos Blur, e pareciam óbvias as semelhanças com o rock britânico dos anos 70 e 80, praticado por bandas como os Kinks, Small Faces ou os The Jam. Nesta altura, os Estados Unidos ficavam de fora do roteiro dos Blur. Os quatro Brit Awards ganhos, em 1995, com "Parklife", editado no ano anterior, valeram-lhes o reconhecimento em Inglaterra, mas a ponte sobre o Atlântico continuava intransponível. O single "Girls And Boys", permaneceu na tabela americana durante quinze semanas, mas não logrou ir além do 52º lugar, enquanto em casa o álbum chegou à distinção da tripla platina. Os Blur tornaram-se super estrelas na Europa e "The Great Escape", de 1995, deu continuação à saga triunfal. A música da banda "influenciou" nomes como os Oasis, os Elastica ou os Pulp. Os primeiros assumiram-se, desde logo, como grandes rivais e os Blur viram-se ultrapassados pelas vendas do álbum de estreia dos rapazes de Manchester. A mudança para um som incondicionalmente rock surge em "Blur". As influências americanas, do grunge ao indie, foram inspiração para criar um álbum que conseguiu finalmente ultrapassar as dificuldades existentes com o mercado americano. De destacar os dois primeiros singles: "Beetlebum" e especialmente "Song 2", que rapidamente se transformou em hino nos festivais de rock. Passados dois anos, em 1999, comemorando os dez anos de existência, surge uma nova etapa, com "13". A produção de William Orbit foi um dos trunfos do disco, tal como as letras de Damon, a sofrer ainda com o fim da relação com Justine Frischmann, dos Elastica. Em 2000, os britânicos lançaram um best of intitulado "Best of Blur" que contou com a presença de "Music Is My Radar", o único tema inédito do registo. Finalmente, em 2003 surgiu aquele que, até ao momento, é o último trabalho dos Blur, "Think Tank".
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