Contos de Richard Yates que, em conjunto, servem um retrato algo desencantado da América dos anos 50.
Foi o autor de, entre tantos outros livros, Revolutionary Road, o romance de 1961 que serviu de base à adaptação ao cinema do filme homónimo de Sam Mendes, estreado em 2008. Um ano depois o norte-americano Richard Yatespublicava Onze Tipos de Solidão (recentemente editado entre nós pela Quetzal), uma colecção de pequenos contos, entre os quais passava uma ideia comum que o título desde logo sugeria: histórias de figuras solitárias. E são vários e diferentes os tipos de solidão de que fala Yates, dos que se isolam aos que acabam afastados pelos outros, da soma dos vários contos nascendo uma ideia maior que nos ajuda a criar retratos possíveis da América daquele tempo. E no fundo esse é o foco central do livro, que somando as partes gera um todo que reflecte sobre o que é, afinal, o sonho americano, a forma como se concretizava em cenários dos anos 50 onde, ao mesmo tempo, não deixava de haver uma tremenda sensação de vazio, discriminação e alienação
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